O Brasil passou por apuros e teve dificuldades para engrenar. Porém, saiu do Estádio Monumental de Santiago com a vitória por 1 a 0 sobre o Chile, nesta quinta-feira (2), em jogo acirrado pela nona rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo. Everton Ribeiro garantiu o sétimo triunfo consecutivo da equipe canarinha, que chega a 21 pontos em sete partidas. Já “La Roja” segue estacionada em seis pontos.

Os comandados de Tite voltam a campo neste domingo (9) para medirem forças com a Argentina, na Neo Química Arena, às 16h. No mesmo dia, “La Roja” duela com o Equador no Estádio Casa Blanca, às 18h (de Brasília). Ambas as partidas são válidas pela sexta rodada da competição.

DESORGANIZAÇÃO BRASILEIRA

A arrancada de Gabigol até a linha de fundo para tentar o cruzamento até Vinícius Júnior trouxe a impressão de que o Brasil acharia espaços com facilidade. Porém, a falta de organização tomou conta da equipe de Tite na etapa inicial.

Sacrificado por uma formação que deixava lacunas no lado direito, Lucas Paquetá demorava a fazer a transição entre o meio e o ataque. As investidas com Vinícius Júnior e Gabigol pelas pontas eram facilmente anuladas devido à forte marcação chilena.

NEYMAR DEMORA A SE ENCONTRAR

Sem ritmo, Neymar viu sua falta de inspiração acentuar a atuação fraca da Seleção Brasileira na etapa inicial. O camisa 10 tropeçava em erros primários e era envolvido com facilidade pela marcação de “La Roja”. Mesmo assim, as chances começaram a surgir de seus pés. Na primeira, ele recebeu de Paquetá e mandou rente à trave.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

Na sobra de um escanteio chileno, Gabigol engatou contra-ataque de almanaque. Após limpar a marcação, o camisa 9 e abriu caminho e encontrou Neymar livre. Porém, o atacante concluiu mal e mandou a bola para a arquibancada.

VIDAL DITA RITMO DO CHILE

O Chile deu uma prévia de seu ímpeto quando Vargas arriscou de longe e assustou Weverton. No entanto, a equipe de Martín Lasarte começou a aproveitar os buracos deixados no meio de campo canarinho e rondou a área.

Vidal encheu o pé e Weverton espalmou. Na sobra, o goleiro defendeu à queima-roupa conclusão de cabeça de Vargas. Um cochilo no miolo de zaga rendeu um susto para a Seleção Brasileira. Após Vidal cruzar, Mena escorou e Morales finalizou para a rede. Porém, a arbitragem assinalou impedimento de Mena.

Com muitas brechas para avançar, em especial pela direita, o Chile viu Vidal voltar a exigir Weverton em conclusão. Tite chegou a mudar o posicionamento do ataque, mas a única chance clara veio em passe de Lucas Paquetá que culminou em conclusão rasteira de Casemiro.

SALVANDO COMO PODE…

A Seleção voltou do intervalo com as entradas de Gerson e Everton Ribeiro nos lugares de Bruno Guimarães e Vinícius Júnior, respectivamente. Contudo, os sustos continuaram a acontecer. Morales passou por Gerson e esticou a Aránguiz, que bateu rasteiro e viu Alex Sandro se esticar para salvar. “La Roja” buscava jogadas pelos meios com Isla e Mena e dava trabalho para a defesa brasileira.

GOL (MUITO) SOFRIDO

Aos trancos e barrancos, o Brasil se lançava à frente. Gabigol lançou e Alex Sandro tentou o cruzamento, mas ninguém completou a jogada. Paquetá e Everton Ribeiro lutavam diante da marcação. Os ânimos ficaram mais quentes quando Vidal e Neymar discutiram.

Até que o Brasil encontrou o caminho da rede. Danilo desceu pela direita e serviu Everton Ribeiro. Da entrada da área, o camisa 11 esticou até Neymar, que concluiu para boa defesa de Bravo. Na sobra, Everton Ribeiro mandou para a rede e abriu o marcador.

DUELO ACIRRADO

A Seleção desperdiçou chance de ampliar logo depois. Neymar cobrou falta e na sobra de uma dividida aérea, Marquinhos bateu rasteiro, permitindo defesa de Bravo. O Chile, porém, continuava encontrando espaço. Aránguiz obrigou Weverton a fazer defesa.

Aos poucos, os comandados de Tite foram arrefecendo os ânimos adversários e evitaram tentativas de Vargas e Aránguiz. As entradas, aos poucos, se tornaram mais ríspidas e houve novo atrito, com Neymar e Mena.

Na reta final, o Brasil teve a chance de ampliar em uma trapalhada de Bravo diante do camisa 10. Neymar, contudo, desperdiçou a oportunidade. Mesmo com oscilações, a Seleção manteve os 100% de aproveitamento nas Eliminatórias.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias