A seleção brasileira masculina de vôlei dá mais um passo no processo de renovação no Campeonato Mundial. A competição, que será disputada na Polônia e na Eslovênia ao mesmo tempo (será a segunda vez que o torneio terá duas sedes simultâneas), terá o Brasil com um grupo formado por sete estreantes (50%) entre os 14 jogadores escolhidos pelo técnico Renan Dal Zotto.

A estreia será diante de Cuba às 6h desta sexta-feira, pelo horário de Brasília, em Ljubiana, capital eslovena, pelo Grupo B, que conta ainda com Japão e Catar. O Brasil busca o quarto título na competição, já que foi tricampeão em 2002, 2006 e 2010. Será a chance também de Leal, jogador cubano, reencontrar suas origens. Ele fez sua última partida pelo time da Ilha no Mundial de 2010, quando sua então seleção perdeu para o Brasil.

Na primeira fase, os países foram divididos em seis chaves com quatro equipes e os dois primeiros, além dos quatro melhores terceiros colocados, se classificam às oitavas de final. A partir daí, os confrontos serão eliminatórios. A cidade polonesa de Katowice recebe os jogos pelas semifinais e final, nos dias 10 e 11 de setembro.

“Estamos em um momento de transição, mas chegamos ao Mundial para brigar pelo título. Temos um grupo bem interessante, com jogadores mais experientes e uma garotada muito jovem”, afirmou Renan Dal Zotto. “A equipe mostrou evolução e equilíbrio técnico em todos os fundamentos. Temos um grupo que chega ao Mundial em uma condição muito favorável. Vamos fortes e preparados para enfrentar um ritmo de jogo bem intenso.”

Os estreantes são: os ponteiros Rodriguinho e Adriano; o levantador Fernando Cachopa; os centrais Leandro Aracaju e Flávio; e os opostos Darlan e Felipe Roque. Além deles, Renan convocou o levantador Bruninho, o oposto Wallace; o central Lucão; os ponteiros Leale Lucarelli; e os líberos Maique e Thales.

“Estar na seleção adulta sempre foi o meu sonho. Cada campeonato é uma história diferente a ser contada. Vamos começar uma nova nesta sexta-feira. Sou um cara muito positivo e estou confiante com este time”, disse Fernando Cachopa.

O central Flávio é o estreante em Mundiais com mais rodagem no grupo. Aos 29 anos, ele foi o terceiro bloqueador mais eficiente da Liga das Nações de 2022. Ciente da responsabilidade, o jogador sabe que o esforço precisa ser mantido. “Cada jogo será muito duro, uma pedreira atrás da outra. Mas confio na força deste grupo, ganharemos mais confiança a cada jogo. É uma honra vestir a camisa do Brasil, ainda mais em um momento tão importante como um Mundial. Já disputei três nas categorias de base, mas agora será uma experiência única. O frio na barriga estará presente, até porque jogar voleibol é o que nos faz sentir bem.”

O ponteiro Adriano, de 20 anos, iniciou sua carreira após se encantar com a conquista do ouro olímpico no Rio-2016, e hoje tem a oportunidade de dividir a quadra com os ídolos daquele time, como Bruninho, Wallace, Lucarelli e Lucão. “O vôlei é o que eu amo fazer da vida, nem sei explicar o sentimento de defender o Brasil em grandes competições. É o meu primeiro Campeonato Mundial adulto, e qualquer competição com esta equipe é sempre muito importante, um passo adiante na minha carreira, uma evolução.”

Após enfrentar Cuba na estreia, o Brasil entra em quadra novamente no domingo, dia 28, para encarar o Japão, às 9h. A terceira e última partida na primeira fase será na terça-feira, às 6h, diante do Catar.