Seleção masculina bate China reserva e foca nas ‘pedreiras’ Itália e Polônia na Liga das Nações

A seleção brasileira previa um duro embate com a China nesta quinta-feira, antes de encarar as pedreiras Itália e Polônia na Liga das Nações de Vôlei. Mas o técnico da equipe asiática facilitou a vida dos comandados de Bernardinho ao optar pela escalação reserva. Contra uma rival alternativa, vitória sem sustos por 25/22, 25/16 e 25/23 em Chicago, nos Estados Unidos.

Assim como diante do Canadá, mais uma vez Alan foi quem mais pontuou pelo Brasil, desta vez com 17 bolas certeiras (tinha anotado 15 na quarta-feira), sendo quatro em bloqueios. Honorato contribuiu com outros 13 pontos, com mais 10 de Judson.

Antes de testar sua real força na atual edição da competição após cinco vitórias em seis jogos, o Brasil terá a sexta-feira livre nos Estados Unidos para aprimoramentos e estudos dos italianos, rivais do sábado, e dos poloneses, oponentes do domingo – ambos às 18h de Brasília.

Querendo dar uma cara à seleção brasileira neste novo ciclo e buscando entrosamento, Bernardinho repetiu a escalação da grande vitória sobre o Canadá, na véspera, com a manutenção do oposto Alan na vaga do irmão Darlan. Manteve os ponteiros Lukas Bergmann e Honorato, os meio de redes Flávio e Judson, com Cachopa no levantamento e o líbero Maique.

Enquanto o Brasil investiu em sua força máxima, a China usou escalação reserva para observar seu elenco. O técnico belga Vital Heynen, que chegou este ano, trocou todo o time para conhecê-lo melhor, em atitude que facilitaria a vida dos adversários.

Arma brasileira nesta Liga das Nações, o saque rapidamente se fez valer no começo da partida, com dois aces e alguns contragolpes proporcionados. Mesmo diante de uma China poupando seus principais jogadores, o jogo era equilibrado.

Quando o bloqueio verde e amarelo começou a aparecer, o Brasil rapidamente abriu vantagem de cinco pontos, já encaminhando a parcial. Cachopa dava show nos levantamentos. Mesmo perdendo a concentração em alguns momentos na reta final, o Brasil não teve trabalho para fechar a parcial em 25 a 22 com Darlan, que saiu do banco para definir o set. Alan e Honorato foram quem mais pontuaram para o País na parcial, com seis cada.

A China iniciou o segundo set cometendo erros e vendo seu técnico pedir desafio equivocado, logo ficando atrás por dois pontos. Assim como na parcial anterior, o saque brasileiro causava agonia nos chineses e Heynen precisou parar o jogo com 11 a 7 de desvantagem.

Soberano, o Brasil jamais permitiu reação no set. O meio de rede Arthur Bento ganhou minutos em quadra e mostrou seu talento com dois pontos de saques seguidos e depois fechando a parcial em 25 a 16 com ataque de fundo da quadra.

Sair perdendo de cara no terceiro set por dois pontos de diferença não mexeu com a confiança dos brasileiros. Na verdade, motivou mais ainda os jogadores a ‘soltarem o braço’ e com dois pontos de Judson, veio a igualdade. Os asiáticos melhoraram, contudo, e até ace encaixaram.

Bernardinho pediu tempo quando Darlan largou para fora e o Brasil ficou com três pontos de desvantagem pela primeira vez no jogo: 14 a 11. Sem esconder sua irritação, o técnico deu enorme bronca aos jogadores, pediu para conversarem e se entenderem em quadra.

O time demorou a reagir, mas buscou a igualdade em 21 com bloqueio de Flávio, deixando a reta final da parcial eletrizante. O primeiro set point foi do Brasil. E valia a vitória. Adriano entrou para sacar e fechou com ace.