A seleção da Itália, campeã da Eurocopa no domingo, em Londres, desembarcou na manhã desta segunda-feira em Roma, com o capitão da equipe Giorgio Chiellini exibindo orgulhosamente a taça da competição diante de centenas de torcedores que compareceram ao aeroporto para receber a delegação.

O lateral Leonardo Spinazzola, que sofreu uma lesão no tendão de Aquiles contra a Bélgica nas quartas de final, desceu do avião da Alitalia e cruzou a pista de muletas sob os aplausos da imprensa e funcionários do aeroporto.

“Ele é o símbolo desta equipe, unido, forte e solidário”, disse Luca, entre os torcedores que aguardavam os jogadores no aeroporto.

A delegação foi para o hotel central Parco dei Principi para descansar por algumas horas, antes de ser recebida pelo presidente da Itália, Sergio Mattarella, que compareceu à emocionante final no Estádio de Wembley, vencida na disputa de pênaltis contra a Inglaterra .

Por sua vez, o primeiro-ministro Mario Draghi quebrou sua tradicional sobriedade para tirar uma selfie com a equipe vencedora no aeroporto.

As manchetes dos jornais festejavam em página inteira o triunfo de um time que conquistou o país com sua combinação perfeita de jovens e veteranos e um jogo vistoso.

“Olha, mamãe! Olha!”, gritou euforicamente do campo o lateral Alessandro Florenzi diante das câmeras de televisão do mundo todo ao mostrar a medalha do campeão, vídeo que se tornou viral no Twitter.

“Eles são italianos, adoram a mãe! Ele dedicou o triunfo a ela, que ternura!”, comentou animadamente Donatella Falco, uma senhora romana.

“A Europa somos nós!”, colocou na manchete o Il Corriere della Sera, enquanto o Gazzetta dello Sport, o principal jornal esportivo, estampou: “Linda demais”, com uma foto do capitão Chiellini erguendo a taça de campeões da Europa.

O jornal elogiou o goleiro Gianluigi Donnarumma, como um “herói dos heróis”, que foi eleito o melhor jogador da Eurocopa ao garantir a vitória da Itália.

A imprensa e os comentaristas da televisão também destacaram “as lágrimas” do técnico Roberto Mancini, que deu um abraço emocionado no ex-jogador Gianluca Vialli, amigo de mais de trinta anos e seu auxiliar, que se recupera de um câncer.

Em quase todas as cidades italianas, principalmente Roma, os torcedores invadiram as ruas e praças para festejar, cantando, soltando fogos de artifício e desfilando com a bandeira do país.

Para muitos, a vitória é uma mensagem de alívio para um país abatidoo pela pandemia do coronavírus que matou 127.000 pessoas.

“É como um renascimento. Gera esperança. E também como é bom poder pensar em outra coisa depois do ano que passamos”, confessou Matteo Falovo à AFP-TV, resumindo o sentimento de muitos italianos.

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