Depois de uma primeira fase muito tranquila, a seleção brasileira feminina de basquete precisou suar nesta quarta-feira para vencer a Argentina nas semifinais do Sul-Americano. Em um jogo de baixo nível técnico, as comandadas de Antonio Carlos Barbosa foram ligeiramente melhores do que as adversárias e se classificaram para a final da competição na Venezuela com a vitória por 73 a 57.

Se na primeira fase o Brasil atropelou o Paraguai (128 a 35), o Uruguai (115 a 42) e o Chile (104 a 54), tendo encontrado certa dificuldade somente diante da Colômbia (76 a 55), nesta quarta precisou suar mais. Chegou a sofrer o empate da Argentina no fim do terceiro quarto e levar a virada no início do último, mas a partir daí encaixou a defesa e contou com a falta de pontaria das adversárias, que marcaram somente mais três pontos até o fim.

Com a vitória, o Brasil evitou o vexame histórico de não terminar entre os dois primeiros colocados do Sul-Americano pela primeira vez desde 1962. Vale lembrar que o País mantém a hegemonia absoluta de títulos na competição, com 25 títulos em 34 edições.

Agora, o Brasil espera para conhecer seu adversário na final, que será definido ainda nesta quarta, quando Venezuela e Colômbia se enfrentam. Com a ida à semifinal, a seleção já havia garantido uma das quatro vagas para a Copa América, que vale como classificatório e garante três vagas ao Mundial de 2018.

A partida desta quarta começou extremamente complicada para o Brasil, que não conseguia fugir da marcação adversária e marcou somente um ponto nos primeiros cinco minutos. Mas passado o susto, a seleção cresceu, dominou as ações ofensivas e foi abrindo vantagem até com certa tranquilidade, apesar de nunca desgarrar muito do placar.

Mas no terceiro período, tudo mudou. A Argentina aos poucos foi cortando a diferença, apertou a marcação e impediu que o Brasil marcasse pontos fáceis. Até que nos segundos finais, Gretter acertou arremesso de três que deixou tudo igual: 51 a 51.

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Como era esperado, o último quarto foi nervoso, com muitos erros de arremessos fáceis de ambos os lados. O Brasil não conseguia pontuar, mas, por sorte, a Argentina menos ainda. Foram somente oito pontos somados nos primeiros cinco minutos de jogo, mas aí um arremesso de Nádia seguido de uma bola de três de Palmira garantiram sete pontos de vantagem à seleção.

A partir daí, o Brasil finalmente engrenou no ataque e viu a Argentina, nervosa, não encontrar respostas. A seleção encontrou pontos fáceis, principalmente no garrafão, e viu a diferença ficar confortável até o fim do confronto.

A cestinha da partida foi Iziane, com 19 pontos, mas Palmira, com 18, e Nádia, com 13 pontos e 12 rebotes, também se destacaram. Pela Argentina, Vega marcou 14 pontos e Rosset contribuiu com 11.


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