Vice-campeã da Liga das Nações por três vezes, a seleção feminina de vôlei está entre as quatro melhores da atual edição e forte na busca do inédito título. Nesta quinta-feira, as comandadas de José Roberto Guimarães aumentaram a freguesia diante da Alemanha, agora com 20 vitórias em 23 encontros, ao fazer 25/19, 26/24 e 25/14 para se garantir na semifinal com o Japão, no sábado.
Desde 2015 que a equipe nacional não fazia um 3 a 0 nas alemãs. No período, foram cinco triunfos e dois reveses. Agora, a rival será as japonesas, das quais o Brasil fez um 3 a 0 recentemente na casa das oponentes. A vaga asiática veio com 25/21, 16/25, 25/20, 22/25 e 15/9 sobre a Turquia. A outra semifinal será entre a forte Itália e a local Polônia.
Foi uma demonstração de força do conjunto nacional. Rosamaria foi a maior pontuadora, com 13 pontos, seguida por Gabi, com 12. Diana, Julia Kudiess e Julia Bergamnn contribuíram com outros oito. Pela Alemanha, Alsmeier fez 11 – deu um susto no fim ao cair na quadra e paralisar o jogo.
Pela segunda temporada seguida entre as melhores seleções da Liga das Nações, a Alemanha queria complicar a vida da seleção brasileira. Ciente que sempre tem dificuldades contra as rivais, o técnico Zé Roberto Guimarães mandou à quadra uma equipe forte ofensivamente, com a capitão Gabi ao lado de Rosamaria e Julia Bergmann, com Roberta ganhando a posição de Macris como levantadora e Marcelle mantida de líbero após agradar nos últimos jogos. Diana e Julia Kudiess foram as centrais.
A escalação foi a responsável pelo triunfo excelente diante do Japão, na última partida da fase de classificação, em Chiba, e já uma prévia das semifinais de sábado. Antes de o Brasil entrar em quadra, as japonesas fizeram 3 a 2 na Turquia para se garantir entre as quatro melhores.
O primeiro set começou com o Brasil aproveitando a sequência de erros de nervosas alemãs e logo abrindo vantagem de três pontos. O tempo do treinador europeu e a bronca surtiram efeito e veio a igualdade em cinco pontos. Mas o saque verde e amarelo fazia a diferença e novamente folga tranquila no placar.
O equilíbrio voltou à parcial em série de 5 a 1 das alemãs e empate em 14. O Brasil não aproveitava os contragolpes, para revolta de Zé Roberto. Quando a partida parecia se complicar, bloqueio de Roberto voltou a colocar as brasileiras com dois pontos na frente. Sem jamais permitir reação, set fechado em 25 a 19 em contra-ataque de Rosamaria.
O Brasil manteve o embalo no começo do segundo set e foi logo colocando 6 a 2 no placar em bons contragolpes e bloqueios. Parecia um treino de fundamentos tamanha a superioridade das comandadas de Zé Roberto, bem mais calmo e aplaudindo suas jogadoras.
Enquanto algumas brasileiras atacavam com bolas mais colocadas, a capitã Gabi ‘soltava o braço’ para anotar pontos em sequência – chegou a carimbar o rosto de uma oponente, pedindo desculpas imediatamente. Com as rivais encostando, Zé Roberto apostou em Macris e Tainara para evitar sufoco na reta final da parcial. Com sofrimento desnecessário, 2 a 0 com 26 a 24.
Zé Roberto cobrou calma da equipe para evitar recolocar as europeias na partida, preocupado com possível queda de rendimento comum em terceiros sets. Até então, o Brasil dominava e andava na frente no placar. E depois de trocar pontos, viu saque de Roberta e bloqueio de Gabi colocarem 8 a 5 no marcador.
As alemãs perderam o ânimo e logo as brasileiras ampliaram o massacre na parcial para 16 a 8. O sorriso largo de um lado da quadra contrastava com a frustração do outro, que nada acertava. Julia Bergmann e Gabi não perdiam ataques. No fim, parcial fácil por 25 a 14 com erro das rivais.