A seleção brasileira de vôlei superou o Irã nos últimos 10 confrontos. Nesta terça-feira, às 16 horas (de Brasília), as equipes se enfrentam pelas oitavas de final do Campeonato Mundial em Gliwice, na Polônia, mas o time de Renan Dal Zotto não quer saber de favoritismo e prega total respeito ao oponente, prevendo enormes dificuldades.

São oito anos de invencibilidade contra a seleção do Oriente Médio, mas o último jogo, disputado pela Liga das Nações, há três meses, é usado de grande exemplo para que os brasileiros entrem atentos em quadra. Apesar dos 3 a 0, o jogo foi duro, com parciais apertadas, sobretudo nos dois primeiros sets, com 30 a 28 e 25 a 23. O Brasil fechou com 25 a 19.

“O Irã é um adversário muito competente. Sempre fazemos jogos duríssimos contra os iranianos, uma equipe muito forte fisicamente, com um grande oposto que sempre pontua bem nos jogos e é uma das peças que teremos que ter mais atenção no confronto”, enfatiza o central Flávio, principal bloqueador do time na competição com oito ataques defendidos. “Este será um jogo de tudo ou nada e temos de saber que precisamos dar o nosso melhor para avançarmos na competição.”

O técnico Renan Dal Zotto também prega pela cautela e total respeito. “Agora a competição chegou em um ponto que não cabe mais erro, quem perder está fora, não tem mais favorito”, diz. “Quem não der o seu melhor, volta para casa. Nosso foco no momento está todo no Irã, mas ninguém terá vida fácil, pois todo jogo é uma guerra”, acredita. “O time iraniano conta com atacantes fortíssimos e tem um ótimo poder de saque. A nossa equipe precisa jogar com equilíbrio e não depender somente de um fundamento.”

Flávio já jogou na Polônia, pelo Aluron CMC Warta, e conta com o apoio da torcida local. Em sua visão, os poloneses são apaixonados pelo vôlei e, tirando sua seleção, costumam torcer pelo Brasil.

“Uma coisa que posso falar com toda certeza é que a torcida polonesa é apaixonada por voleibol. Sempre lotam os ginásios, vibram, cantam, é sempre um espetáculo. E todas as vezes que viemos jogar aqui as arquibancadas estão sempre cheias e eles costumam nos apoiar, exceto, é claro, quando jogamos contra a Polônia”, fala, já imaginando uma vantagem nas oitavas de final.

O Brasil busca o tricampeonato do Campeonato Mundial e a sexta final consecutiva, o que seria algo histórico e especial para Flávio, convocado com frequência desde 2019. “Este grupo é merecedor, será muito especial poder comemorar uma medalha aqui na Polônia.”