O Brasil, agora sob o comando de Tite, tentará se recuperar nas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo da Rússia-2018, nesta quinta-feira contra o Equador na altitude de Quito, após dois anos de decepções e um futebol medíocre.

Adenor Leonardo Bacchi, o Tite, tem como missão restaurar o orgulho da seleção, no fundo do poço após os seguidos fracassos e uma gestão desastrosa do demitido Dunga.

O último grande fiasco: eliminação na fase de grupos da Copa América do Centenário, em junho.

Para retomar o caminho da vitória, Tite não deixou nada ao azar. A seleção chegou no domingo em Quito, quatro dias antes da partida contra o Equador.

“Tomamos a decisão de chegar mais cedo para nos adaptarmos melhor à altitude. A bola rola com mais velocidade, o que complica as coisas e em alguns momentos da partida, quando você acelera, você tem dificuldade para se recuperar”, explicou o volante Giuliano.

Com apenas duas vitórias, três empates e uma derrota na campanha de classificação à Copa do Mundo, o Brasil precisa vencer. Com 9 pontos, ocupa a 6ª colocação das eliminatórias, quatro pontos a menos que os líderes Uruguai e o próprio Equador.

– Mudanças táticas –

Somente as quatro primeiras equipes das eliminatórias garantem classificação ao Mundial-2018, o quinto colocado precisando passar por uma repescagem contra uma equipe da Oceania.

Por enquanto, é difícil identificar o método Tite de trabalho, de tanto sucesso no Corinthians, no qual sua equipe brilhava por um conjunto muito organizado e sem grandes estrelas.

Fiel aos conceitos adqueridos na equipe paulista, Tite convocou alguns de seus ex-jogadores, claramente preocupado em trazer peças que possam rapidamente se encaixar no esquema preferido.

Assim, jogadores que perderam espaço ou nunca convocados antes ganharam uma chance logo na primeira convocação, como o volante Paulinho, atualmente no futebol chinês, ou o lateral Fagner, atleta de Tite no Timão.

O grande nome da seleção, porém, continua sendo Neymar, campeão olímpico nos Jogos Rio-2016 e que não deixará tão cedo de ser o ponto de referência no ataque.

“Nesse momento o Brasil não está bem, mas sabemos que estamos prontos para virar essa situação e trabalhamos para isso”, explicou o volante do Real Madrid Casimiro.

A pressão sobre a seleção é grande e o desafio em Quito será duro, mas não para por aí. Em 6 de setembro, o Brasil recebe em Manaus a Colômbia.

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