Seleção da Bolívia reclama de sabotagem após ficar retida na Venezuela e ameaça ir à Fifa

A seleção boliviana deveria ter retornado ao país no início da madrugada de sábado, após a derrota por 2 a 0 para a Venezuela, na sexta-feira, em Maturín, mas só conseguiu desembarcar no Aeroporto Internacional de Viru Viru, em Santa Cruz de la Sierra, quase 12 horas depois do programado, antes de viajar a La Paz.

De acordo com a emissora Unitel, da Bolívia, as autoridades aeroportuárias venezuelanas não autorizaram a partida do voo fretado contratado pela Federação Boliviana de Futebol (FBF) após a meia-noite de sexta-feira, sem alegar um motivo específico. Nem mesmo o embaixador boliviano no país conseguiu resolver a situação e a delegação precisou retornar ao hotel.

Incomodada com a situação, a FBF denunciou uma possível violação das normas internacionais de aviação e cogita solicitar “sanções drásticas” contra a Venezuela à Conmebol e à Fifa, considerando interferência política e sabotagem contra um rival direto na tabela, segundo o diário boliviano El Deber.

Restando três jogos para o término das Eliminatórias Sul-Americanas, a Venezuela ocupa o sétimo lugar na tabela – posição que leva à repescagem -, com 18 pontos, seguida pelos bolivianos, com 14, sua principal ameaça à vaga. À frente, Colômbia e Uruguai, que hoje teriam vagas diretas na Copa de 2026, somam 21.

“Está claro que eles querem que a gente jogue mal”, destacou o técnico Óscar Villegas, que precisou mudar a programação de treinos e terá menos tempo para preparar seus atletas para o jogo com o lanterna Chile, nesta terça-feira, às 17h (horário de Brasília), em El Alto, na abertura da 16ª rodada das Eliminatórias.

Os venezuelanos, que ainda buscam a vaga direta no Mundial, visitam o Uruguai, em Montevidéu, também na terça-feira, às 20h (horário de Brasília).