Daqui cerca de 100 dias, no dia 24 de novembro, a Seleção Brasileira fará a sua estreia na Copa do Mundo diante da Sérvia, em uma quinta-feira, às 16h, pelo horário de Brasília. Com a marca valorizada, a CBF chega para o torneio com 19 patrocinadores, número superior ao das duas últimas edições do torneio.

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Na Copa da Rússia, nove empresas investiam na Seleção, menos da metade da quantidade atual. No Mundial do Brasil, em 2014, quando o torneio contou com grande apelo popular, 14 companhias patrocinaram a CBF.

Entre as parceiras atuais da entidade, há empresas como Fiat, Guaraná Antarctica, Itaú, Mastercard, Nike e Vivo, conhecidas nacionalmente. Para Armênio Neto, que é especialista em negócios do esporte e intermediou acordos de patrocínios assinados pela CBF, o reconhecimento global da Seleção atrai o investimento de grandes empresas.

– Está subentendido entre a população que apenas companhias de primeiro nível patrocinam a Seleção Brasileira. É um dos times mais admirados do mundo, e empresta autoridade às marcas patrocinadoras. O investimento na seleção traz retornos midiáticos expressivos e proporciona reconhecimento global – explicou Neto.

As marcas buscam explorar a parceria com a Seleção além das quatro linhas. No contrato com a Semp TCL, por exemplo, o acordo inclui exploração de ativos da CBF, como símbolos, uniformes, mascote, além do desenvolvimento de produtos personalizados aos torcedores. Além disso, a companhia expõe sua logo no backdrop de entrevistas coletivas e em placas de publicidade durante os treinos.

– A Copa do Mundo é sempre um período de muita mídia e exposição. Os olhos do planeta estão nas seleções e o Brasil, devido à sua tradição vitoriosa no futebol, consegue atrair grandes parceiros. Com a proximidade do evento, o consumidor está mais engajado e as marcas sabem que este é o momento certo de se expor, se posicionar e alavancar suas vendas – afirmou Pedro Melo, executivo comercial do Atlético-MG e que atua na captação e gestão de patrocínios.

As receitas publicitárias são essenciais no orçamento da CBF. Em 2020, o balanço financeiro da entidade mostrou que os acordos publicitários rendiam R$ 365 milhões, valor equivalente a 51% do faturamento anual da confederação.

Na opinião do executivo Fábio Wolff, da Wolff Sports, agência de marketing esportivo especializada em captação de patrocínios, o aumento na quantidade de patrocinadores mostra que a CBF tem atingido bons resultados no mercado esportivo publicitário.

– Entre 2019 e 2021, o número de patrocinadores saltou de 12 para 19. Isso comprova que a CBF está alcançando resultados expressivos com a marca da Seleção Brasileira. Além do aumento na quantidade de parceiros, houve um crescimento no faturamento, que também é uma constatação de bons resultados comerciais. Conforme a Copa do Mundo foi se aproximando, o número de parceiros cresceu de forma significativa – explicou Wolff.

Segundo Bruno Maia, CEO da Feel The Match e autor do livro “Inovação é o Novo Marketing”, algumas companhias têm receio de patrocinar clubes tradicionais e ter que lidar com a rejeição de torcidas rivais, o que não acontece na Seleção.

– A Seleção Brasileira é uma solução para as marcas que desejam investir no mercado futebolístico e hesitam por medo da rejeição de outras torcidas. É um produto premium, com inúmeras oportunidades de ativações, exposição, e com grande alcance midiático – pontuou Maia.

Confira quais são os patrocinadores da seleção brasileira para a Copa do Mundo:

Nike: desde 1995
Guaraná Antarctica: desde 2001
Vivo: desde 2005
Itaú: desde 2008
Mastercard: desde 2012
Gol: desde 2013
Cimed: desde 2016
Três corações: desde 2017
Technogym: desde 2018
STATSports: desde 2018
Fiat: desde 2019
Semp TCL: desde 2019
Pague Menos: desde 2020
Bitci: desde 2021
Free Fire: desde 2021
Kwai: desde 2021
Kin Analytics: desde 2021
GLOBUS: desde 2021
Kavak: desde 2022