A seleção brasileira de ginástica rítmica ainda luta para garantir vaga nos Jogos de Tóquio. No Mundial de Baku, disputado em setembro, o País terminou na 13ª posição – só os cinco melhores se classificaram. Agora, a meta do Brasil será buscar a vaga no Campeonato Pan-Americano, que será realizado nos Estados Unidos, em maio. Brasileiras, americanas e mexicanas deverão protagonizar a briga pela última vaga olímpica. EUA e México terminaram o Mundial à frente das brasileiras, em 10º e 11º lugar, respectivamente. No Pan, o País foi ouro na provas por equipes.

Para Camila Ferezin, treinadora do conjunto e coordenadora de seleções da Confederação Brasileira de Ginástica, a campanha do Brasil em Baku poderia ter sido ainda melhor se não fossem os erros cometidos nas apresentações. “Neste ano subimos de posição mesmo com falhas graves no conjunto misto. Competição não dá chance para quem erra. Agora, é seguir trabalhando, lembrando que é uma equipe jovem e que vem adquirindo experiência neste ano. Vamos agora encarar Estados Unidos e México no Pan-Americano e acredito que esses três países estão no mesmo nível”, disse Camila.

O Brasil busca evoluir para garantir sua primeira medalha em Jogos Olímpicos na modalidade. A seleção brasileira permanente, formada por 11 ginastas, fica concentrada em Aracaju (SE). De acordo com Renata Teixeira, coordenadora do comitê técnico de ginástica rítmica da CBG, a modalidade é a maior dentro da ginástica em número de praticantes. Não existem dados oficiais das federações locais, pois nem todas as atletas são cadastradas. “A criação de centros de formação de base ajudou ao surgimento de novos talentos”, comenta Renata.

Os desafios da modalidade são os mesmos de todo o esporte olímpico brasileiro. A falta de investimento é o primeiro passo. “A qualificação exige aprimoramento e isso requer recursos financeiros para se capacitar, aperfeiçoar os treinadores, viajar e competir para adquirir experiência”, explica Renata. “Estamos formatando um modelo ideal de desenvolvimento da GR do País, que possa ter uma identidade comum, seguindo um mesmo plano de trabalho. São muitas coisas ainda a serem feitas, mas sentimos que estamos caminhando na direção correta”, avalia.


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