O consórcio Contemat/Concrejato deixou de calcular o efeito que as ondas marítimas teriam sobre a plataforma da Ciclovia Tim Maia, concluiu a perícia feita pela Polícia Civil. Sem levar em conta o impacto das ondas, o consórcio apoiou a plataforma sobre os pilares sem amarração. Em 21 de abril, atingida por uma ressaca, parte da plataforma desabou, matando dois homens.

A perícia está em fase final de elaboração e, até segunda-feira, deverá ser anexada ao inquérito instaurado pela 15.ª DP. De acordo com o perito Liu Tsun Yaei, o consórcio só previu o efeito das ondas sobre os pilares que sustentam as plataformas.

Em nota, o consórcio afirmou que “a ancoragem da pista (ou qualquer solução equivalente) não constava nem no projeto básico nem no edital de licitação”. O consórcio reafirmou ter executado integralmente “todos os requisitos técnicos fornecidos pela contratante”.

Também em nota, a prefeitura afirmou que “o projeto básico é apenas conceitual e serve como referência para o desenvolvimento do projeto executivo”. “No caso, a prefeitura contratou o consórcio justamente para desenvolver o projeto executivo e executar a obra.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.