Como é mesmo o dito popular? ‘No Brasil, o poste faz xixi no cachorro’. Pois é. O ex-tudo (ex-presidiário, ex-corrupto, ex-lavador de dinheiro), criminoso condenado em três instâncias judiciais, e atualmente em liberdade provisória por decisão do STF – Supremo Tribunal Federal, que anulou as sentenças anteriores, moveu um processo contra a revista IstoÉ, onde sou colunista.

O TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo) concluiu que não houve irregularidade na reportagem ‘Levei Mala de Dinheiro para Lula’, publicada pela revista em 2017. Como o chefe de quadrilha (conforme o MPF – Ministério Público Federal) pedia 1 milhão de reais de indenização – e perdeu – foi condenado a pagar honorários aos advogados das defesas, algo como 150 mil reais.

A matéria trazia uma entrevista com um tal de Davincci Lourenço de Almeida, que dizia ter levado, em 2012, uma mala de dinheiro para ‘uma terceira pessoa’, que a entregaria para o líder petista, como pagamento de contrato na Petrobras. Porém a ‘alma mais honesta deste País’ não gostou do que leu, disse que era mentira e acionou o Poder Judiciário, contando com a usual ‘sorte’ nessa esfera.

O pai do Ronaldinho dos Negócios – o filho que fez fortuna de forma incomum – processou a IstoÉ e seus jornalistas, Sérgio Pardellas e Germano Oliveira, e o próprio entrevistado que fez a denúncia. É a costumeira ‘culpa do mensageiro, e não da mensagem’. Ora, a revista apenas cumpriu seu dever de informar. Além do mais, à época, o que não faltava era denúncia contra o ‘sapo barbudo’.

Da decisão, como sempre!, cabe recurso. Lula não obteve sucesso na primeira e segunda instâncias, mas poderá tentar reformá-la – repito: como sempre! – no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e, se bobear, até no STF. Por quê? Bem, porque ele é o Lula, ué. Tudo sempre lhe é permitido. Inclusive ser presidente do Brasil outra vez. E eu pensava que a IstoÉ era comunista e protegia a cleptocracia lulopetista.