SÃO PAULO (Reuters) – A segunda safra de milho do Paraná 2020/21 foi estimada em 9,8 milhões de toneladas, apontou levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral), que reduziu nesta quinta-feira sua projeção em 500 mil toneladas ante o total estimado em maio devido ao impacto da seca.

Até o momento as perdas totais na segunda safra de milho no Paraná, segundo produtor brasileiro do cereal, são estimadas em 4,9 milhões de toneladas, de acordo com o especialista do Deral Edmar Gervásio, que não descarta novas reduções à medida que a colheita avance.

Ele ainda citou preocupações com previsões de geadas.

“Não só geada, mas ainda (a produção) pode ter reflexos da seca, com o início mais forte da colheita no próximo mês podemos ter um cenário mais efetivo da produtividade no campo”, disse ele à Reuters.

Com relação a geadas, ele confirmou indicações meteorológicas, mas disse que só é possível ter confirmação do fenômeno climático, previsto para a semana que vem, mais perto do evento.

“O Simepar está prevendo geada pra semana que vem, mas a acuracidade é muito pequena com este prazo, normalmente com 48 horas é mais realista.”

Na temporada passada, o Paraná colheu quase 12 milhões de toneladas na segunda safra.

Essa queda esperada ocorre após produtores ampliarem a área plantada em cerca de 10%, para 2,5 milhões de hectares, de olho nos bons preços e desafiando o calendário por conta de um atraso na colheita de soja.

(Por Roberto Samora)

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