Brasília - O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Exército realizam pesquisa sobre as condições de tráfego nas rodovias brasileiras (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Os estágios de comércio anteriores ao produto final puxaram a alta da segunda prévia do IGP-MMarcello Casal Jr/Arquivo/Agência Brasil

A alta dos preços ao produtor levou a segunda prévia de novembro do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) a apresentar ligeira aceleração de preços, ao subir para 0,37%. O resultado é ligeiramente superior aos 0,30% da primeira prévia do mês.

O dado foi divulgado hoje (21) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e se refere ao intervalo entre o dia 21 do mês anterior e o dia 10 do mês de referência. O IGP-M é utilizado para atualizar valores de contratos, como o do aluguel.

O Índice de Preços ao Produtor (IPA) registra variações de preços de produtos agropecuários e industriais nos estágios de comércio anteriores ao consumo final e responde por 60% do IGP-M. A taxa apresentou variação de 0,43% no período – um mês antes, a taxa foi de 0,36%.

A taxa de variação dos bens finais passou de 0,39% para 0,51%, puxada pelo subgrupo combustíveis para o consumo, com elevação de 1,8% para 7,68%.

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Também tiveram o alta os bens intermediários, passando de 1,29%, em outubro, para 1,81%, em novembro. O resultado foi puxado pelo subgrupo suprimentos, cuja taxa passou de 0,12% para 2,75%.

Já o índice referente a matérias-primas brutas fechou com deflação (inflação negativa) ao variar -1,34%. No mês anterior, a taxa também foi negativa: -0,80%. Os itens que mais contribuíram para este movimento foram minério de ferro (-5,82% para -11,06%), bovinos (1,04% para -1,54%) e milho em grão (9,37% para 4,32%).

Preços ao Consumidor e da Construção

Com peso de 30% na composição do IGP-M, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 0,23% em um mês encerrando-se em 10 de novembro, ante 0,24%, no mesmo período do mês anterior.

A estabilidade em um mês reflete a queda de preços em quatro das oito classes de despesa que compõem o índice. A principal contribuição partiu do grupo Alimentação (0,08% para -0,18%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 4,37% para 0,08%.

Também tiveram redução os grupos vestuário (0,8 para -0,41%); educação, leitura e recreação (0,37% para -0,2%); e despesas diversas (0,57% para 0,04%).

Em sentido contrário, fecharam com alta de preços os grupos habitação (0,22% para 0,6%); transportes (0,21% para 0,52%); saúde e cuidados pessoais (0,27% para 0,49%); e comunicação (0,28% para 0,44%).

Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com peso de 10% na composição do IGP-M, fechou o período com variação de 0,28%. No mês anterior, este índice variou 0,11%.

O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços registrou variação de 0,62%, acima do resultado de outubro, de 0,18%. Já o índice que representa o custo da mão de obra não registrou variação. No mês anterior, este índice variou 0,05%.


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