A Vigilância Epidemiológica de Aparecida, interior de São Paulo, confirmou na terça-feira, 23, a notificação do primeiro caso suspeito de febre amarela no município. A cidade abriga o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida e é um dos principais destinos de turismo religioso do País.

O paciente, morador de Potim, cidade vizinha, está internado desde o último dia 19 na Santa Casa de Aparecida. O estado de saúde dele é estável. De acordo com a Vigilância, o médico que atende o paciente considerou a suspeita de febre amarela baseados nos sintomas e encaminhou amostras para exames. O resultado sai em dez dias.

A cidade do Vale do Paraíba recebe anualmente centenas de romarias de devotos de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Em 2017, quando a aparição da imagem de Nossa Senhora completou 300 anos, o santuário recebeu 13 milhões de visitantes, o maior público registrado desde o início da devoção, no século 18.

Há temor de que a confirmação do caso possa prejudicar o turismo, que movimenta a economia da cidade. Não houve casos de macacos mortos pela doença no município, indicativo da circulação do vírus.

A Vigilância investiga se o paciente viajou para outras regiões. A prefeitura de Potim realiza ações de bloqueio na área de residência do homem.

Macacos

Deu positivo para febre amarela o resultado do exame feito no segundo macaco da espécie bugio recolhido no Parque do Matão, em Votorantim. Com isso, já são dois os primatas mortos pela doença na principal área verde e lazer da cidade – exames de outros seis macacos ainda não ficaram prontos. A unidade está interditada desde o último dia 3.

Agentes de saúde percorrem as casas do entorno distribuindo 300 senhas por dia para vacinação. As doses são aplicadas também nas unidades do Parque Bela Vista e Jardim Clarice, com comprovação de residência.

Alunos de escolas do entorno já foram vacinados. A prefeitura pediu ao Estado um reforço de 40 mil doses de vacina. Outras cidades da região tiveram macacos mortos pela doença. Foram 20 em São Roque, sete em Mairinque, cinco em Ibiúna e três em Piedade.