Com um custo total previsto de 20,5 bilhões de ienes (cerca de R$ 680 milhões) para sua construção, o local que vai abrigar as disputas da ginástica dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, teve parte do seu teto instalado nesta quarta-feira.

Essa grande estrutura, toda composta de madeira maciça, é uma das cinco da cobertura da grande edificação, que já tem metade de suas obras finalizada e cuja entrega está prevista para ocorrer nos últimos meses de 2019.

Todo o teto desta sede de competição da Olimpíada na capital japonesa será de madeira, sendo que cada uma das cinco partes da cobertura pesa 200 toneladas. Os organizadores informaram que a madeira utilizada nesta obra é o larício, um conífero da família dos pinheiros.

“A cultura da madeira vai ser comunicada por meio desta sede”, afirmou o arquiteto da obra, Hidemichi Takahashi, ao comentar o uso deste recurso da natureza, tradicionalmente visto no Japão em casas, santuários religiosos e templos. E ele apontou outra vantagem da adoção deste tipo de material. “Usando madeira em vez de aço, o peso da cobertura é reduzido pela metade”, reforçou.

O dirigentes da organização dos Jogos de Tóquio garantiram que toda a madeira utilizada para a construção desta sede de competição é de origem japonesa, sendo que o local terá capacidade para abrigar cerca de 12 mil torcedores e após a Olimpíada funcionará por dez anos como um centro de convenções pelo governo da capital nacional.

O legado dos palcos de disputa da competição é uma das principais preocupações de Tóquio, depois de os organizadores dos Jogos do Rio e do Comitê Olímpico Internacional (COI) terem sido criticados por deixarem para trás locais vazios e sem uso na capital fluminense depois de os mesmos receberam competições da Olimpíada.

Para economizar gastos, os organizadores de Tóquio-2020 estão usando uma mistura de novo, velho e temporário nas estruturas das suas sedes, esperando assim também que estes locais não venham a te tornar “elefantes brancos” após a realização dos Jogos.