Assis Silva Filho, secretário de Saúde de Pires do Rio, está sendo investigado pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) por “furar a fila” da vacinação contra a Covid-19.

O investigado solicitou exoneração do cargo após ceder à “mulher da vida dele” uma dose da CoronaVac, mesmo sem ela compor o grupo de pessoas que devem ser imunizadas com prioridade.

“Vamos investigar se o próprio secretário furou a fila e tomou a vacina. Qualquer outra pessoa que tenha burlado essa fila poderá ser responsabilizada pelo MP”, afirmou Marcelo Borges Amaral, promotor de Justiça.

Na última quinta-feira (21), o secretário fez uma transmissão ao vivo nas redes sociais, onde pediu desculpas por ter priorizado a vacinação da esposa.

“[A vacinação dela] foi com intuito de resguardar e preservar a saúde e a vida da mulher da minha vida. Sou capaz de dar minha própria vida por ela”, disse.

De acordo com Laura Maria Ferreira, subprocuradora-geral de Justiça do Ministério Público de Goiás,  plano de imunização tem que ser cumprido e que, caso contrário, o gestor responsável pela “furada de fila” pode ser punido.

“[São crimes] que podem ser tipificados como abuso de autoridade para o gestor, como a famosa ‘carteirada’. Isso não pode acontecer “, falou.