O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, disse que a privatização da Eletrobras não deve incluir o enquadramento nas regras do Novo Mercado da B3. Na avaliação dele, isso deve ficar para o futuro, pois não haveria tempo de concluir todo o processo ainda em 2018.

O Novo Mercado é o segmento que lista empresas que possuem, segundo os critérios da B3, os maiores níveis de governança corporativa entre aquelas de capital aberto.

“Há elementos que havíamos pensado, por exemplo, levar a Eletrobras ao Novo Mercado. No nosso entendimento, na visão atual, isso ampliaria o cronograma e comprometeria os prazos que queremos”, afirmou ele, ao participar do 7º Encontro dos Associados da Associação dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine). “Então, possivelmente, isso será obrigação do novo investidor, e não uma condição prévia ao leilão”, acrescentou.

Pedrosa disse que a modelagem da privatização da Eletrobras é um processo extremamente complexo e que exige a obediência de diversos dispositivos legais. O governo tem cerca de 60% de participação na companhia hoje.

“De um lado, precisamos agir com pressa e velocidade, mas precisamos agir de forma segura. Nesse processo, há um conjunto de segmentos contrariados, por todo tipo de motivos, que se opõem, até mesmo na base do governo e por motivos legítimos, sem dúvida”, afirmou o secretário. “Precisamos encaminhar tudo da maneira mais segura possível, para que não tenhamos nenhuma fragilidade ou processo judicial que comprometa os prazos. Esse é o esforço que estamos fazendo”, acrescentou.

O secretário-executivo acredita que o processo terá sido consolidado até o início de 2018, com a definição do modelo, proposta e a contratação do processo. “A operacionalização disso se dará ao longo tempo, isso ainda está sendo definido. Mas o importante é a clareza em relação ao processo.”