O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, afirmou que as tarifas impostas pelo presidente americano entrarão em vigor a partir de 1º de agosto “sem prorrogações”.
A declaração ocorreu durante uma entrevista à emissora americana Fox News e foi divulgada no perfil oficial da Casa Branca no X, neste domingo, 27.
“Sem prorrogações, sem mais períodos de carência — em 1º de agosto, as tarifas serão definidas. Elas entrarão em vigor. A Alfândega começará a arrecadar o dinheiro”, garantiu Lutnick.
Apesar disso, o secretário de Trump afirmou que, mesmo depois que as tarifas sejam estabelecidas, os países ainda poderão negociar com o governo estadunidense.
“As pessoas ainda poderão falar com o presidente Trump. Ele está sempre disposto a ouvir. Se elas poderão fazê-lo feliz ou não é outra questão… Mas ele está sempre disposto a negociar”, completou.
Questionado especificamente sobre as negociações com a União Europeia, Lutnick disse que o bloco precisa abrir seus mercados para as exportações dos EUA para convencer o presidente a retirar a tarifa de 30%.
No dia 23 de julho, Trump anunciou que iria aplicar tarifas de 50% a países com os quais o relacionamento com os EUA “não tem sido bom”.
Anteriormente, em 9 de julho, o republicano divulgou em seu rede social uma carta direcionada ao governo brasileiro na qual anunciava a taxa de 50% sobre todos os produtos brasileiros importados aos EUA. Trump justificou a medida com argumentos políticos e comerciais.
Já no dia 24 de julho, o presidente dos EUA afirmou durante evento em Washington D.C. que estabeleceu tarifas que variam de 15% a 50% para pressionar outros países a abrir seus mercados.
Confira a lista dos países afetados:
- África do Sul: 30%;
- Argélia: 30%;
- Bangladesh: 35%;
- Bósnia e Herzegovina: 30%;
- Brasil: 50%;
- Brunei: 25%;
- Camboja: 36%;
- Canadá: 35%;
- Cazaquistão: 25%;
- Coreia do Sul: 25%;
- Filipinas: 20%;
- Indonésia: 32%;
- Iraque: 30%;
- Japão: 25%;
- Laos: 40%;
- Líbia: 30%;
- Malásia: 25%;
- México: 30%;
- Mianmar: 40%;
- Moldávia: 25%;
- Sérvia: 35%;
- Sri Lanka: 30%;
- Tailândia: 36%;
- Tunísia: 25%;
- União Europeia: 30%.