O chefe do Pentágono, Lloyd Austin, chegou à Ucrânia nesta terça-feira (19) para conduzir negociações sobre a ajuda militar dos Estados Unidos a Kiev, uma questão que irrita Moscou.

“Mais uma vez, instamos a Rússia a encerrar sua ocupação da (península da) Crimeia e a parar a guerra no leste da Ucrânia, bem como a encerrar suas atividades desestabilizadoras no Mar Negro e ao longo da fronteira com a Ucrânia”, disse ele em um encontro com o ministro ucraniano da Defesa, Andriy Taran.

“A Rússia começou esta guerra, e é o obstáculo para uma solução pacífica”, acrescentou.

Austin também se encontrou com o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, na segunda reunião com ambos os líderes nos últimos dois meses.

No final de agosto, na visita do líder ucraniano a Washington, D.C., o presidente Joe Biden reiterou sua promessa de apoiar Kiev contra a Rússia. Foi evasivo, porém, quanto à complexa questão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), à qual a Ucrânia quer aderir.

Na ocasião, Zelensky garantiu uma promessa de US$ 60 milhões em ajuda militar adicional, na forma de dispositivos de mísseis antitanque.

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Na segunda-feira (18), parte dessa ajuda foi entregue a Kiev. O dispositivo visa a reforçar o Exército, que enfrenta separatistas pró-russos, vistos como fantoches russos. Este conflito começou há sete anos e já causou mais de 13 mil mortes.

Durante sua visita a Kiev, Lloyd Austin também deve abordar as reformas profundas do Exército ucraniano, sua indústria militar e o fortalecimento do controle desse setor por instituições civis, segundo um alto funcionário americano.

“O governo ucraniano está empenhado em fazer avançar essas reformas”, disse a mesma fonte, acrescentando que o Pentágono dá “alta prioridade” às negociações desta terça-feira.


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