O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, disse à GloboNews que a primeira fase do Desenrola surpreendeu em termo de adesões e de beneficiários e que, por isso, ainda não houve tempo hábil para estruturar a segunda parte do programa de desendividamento do governo. “O que tem nos impressionado é a adesão do sistema financeiro, das empresas e a quantidade de beneficiários neste espaço de tempo”, considerou.

Durigan salientou que, na segunda fase, o programa será estendido para dívidas das pessoas que não estão diretamente ligadas ao setor financeiro, como de energia elétrica, de água e de telefone. “A gente vai chegar nessa fase. Na fase 1, que é a que a gente está lidando com a dívida dos bancos, temos aproximadamente 10 milhões de beneficiários – seja com perdão de dívidas menores, seja com dívida renegociada”, apontou.

Citando dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o secretário disse que o total de dívidas renegociadas ultrapassou a marca de R$ 5 bilhões. “Isso dentro de um período de semanas. O programa efetivamente ainda não tem um mês”, comemorou. Além do impacto nas vidas das famílias, o Desenrola vai gerar, segundo ele, um legado porque se trata do desenvolvimento de um programa que é complexo nos bastidores. “Como estamos fazendo isso pela primeira vez, a quantidade tem nos surpreendido.”

Para Durigan, o Desenrola é um programa “fundamental” para a família brasileira. “A gente tem ouvido e tem recebido uma série de elementos que mostram a dificuldade que as pessoas têm de acesso a crédito. Para as pessoas mais carentes, muito porque estão com o nome questionado nos bureaus de crédito.”