11/05/2020 - 12:20
A Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República foi alvo de mais uma polêmica. Nas redes sociais, internautas apontaram a semelhança entre uma mensagem publicada pela Secom com uma frase de um slogan nazista.
“Parte da imprensa insiste em virar as costas aos fatos, ao Brasil e aos brasileiros. Mas o governo, por determinação de seu chefe, seguirá trabalhando para salvar vidas e preservar o emprego e a dignidade dos brasileiros. O trabalho, a união e a verdade libertarão o Brasil”, escreveu a Secom no post.
“O trabalho, a união e a verdade libertarão o Brasil”, frase utilizada pela pasta, se assemelha ao lema do nazismo “Arbeit macht frei”, ou “O trabalho liberta”, em tradução livre. A frase era usada pela Alemanha na entrada de campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial.
Após a repercussão negativa do post a Secom e o chefe da pasta, Fabio Wajngarten, negaram que o texto faça referência ao nazismo e repudiaram a associação.
“Repudiamos veementemente qualquer associação desta postagem com quaisquer ideologias totalitárias e genocidas. O Estado Brasileiro sempre foi um grande parceiro da comunidade judaica, bem como do Estado de Israel, como provam os fatos, para além das ilações forçadas e maldosas”, diz a Secom em resposta ao post publicado anteriormente.
Repudiamos veementemente qualquer associação desta postagem com quaisquer ideologias totalitárias e genocidas. O Estado Brasileiro sempre foi um grande parceiro da comunidade judaica, bem como do Estado de Israel, como provam os fatos, para além das ilações forçadas e maldosas.
— SecomVc (@secomvc) May 11, 2020
“É impressionante: toda medida do governo é deformada para se encaixar em narrativas. Na campanha, faziam suásticas fakes; agora, se utilizam de analfabetismo funcional para interpretar errado um texto e associar o governo ao nazismo, sendo que eu, chefe da Secom, sou judeu!”, escreveu Fabio Wajngarten no seu perfil oficial no Twitter.
Acusar injustamente de nazifascismo tira o peso do termo. Se todos são nazifascistas, ninguém é, o que muito interessa aos criminosos, que passam a ser vistos como pessoas comuns.É a isso que se prestam alguns políticos e veículos da mídia na busca por holofotes a qualquer preço!
— Fabio Wajngarten (@fabiowoficial) May 10, 2020