Após informado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de sua demissão, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, disse estar tranquilo com a decisão e afirmou que deve oficializar sua saída apenas na próxima semana. Aos jornalistas, Pimenta afirmou que fará um período de transição de gestão com o novo chefe da pasta, Sidônio Palmeira.
Pimenta teve sua demissão confirmada na manhã desta terça-feira, 7, após uma reunião com Lula no Palácio do Planalto. O ministro dará lugar a Palmeira, publicitário responsável pela campanha petista em 2022.
Em pronunciamento, Paulo Pimenta disse que o período de transição de equipes começou nesta tarde e que deve formalizar a transição dos cargos no começo da próxima semana. Ele admitiu que a decisão era esperada e justificou a vontade de Lula de ter alguém com experiência na área para a troca na pasta.
“Já há um tempo que construímos dentro do governo uma necessidade, um processo de transição da política de comunicação do governo. O presidente tem uma leitura muito precisa. O presidente quer ter à frente da Secom uma pessoa que tenha um perfil diferente do perfil que eu tenho. Um profissional de comunicação, uma pessoa que tenha experiência, que tenha o talento, a criatividade, a capacidade de poder exercer essa tarefa e poder coordenar essa política de comunicação do governo no próximo período”, afirmou Pimenta.
“Nós começamos já o processo de transição das equipes e trabalho em conjunto das equipes já a partir de hoje. Nós vamos construir essa caminhada conjunta até a semana que vem que deve ocorrer a formalização da nomeação da transmissão de cargo para o Sidônio”, completou.
A demissão de Pimenta já era esperada nos bastidores do Planalto há algum tempo. Na avaliação de interlocutores, o ex-ministro não conseguiu entregar resultado sobre as ações do governo, o que pode ter piorado a avaliação de Lula entre os eleitores.
Em sua primeira conversa com jornalistas, Sidônio Palmeira ressaltou a necessidade de tirar o formato analógico da comunicação do governo e citou a importância da movimentação de outras pastas que não só a Secom.
“A comunicação não é somente aqui na Secom. A comunicação do governo é do governo como um todo, porque tem a política, tem a gestão e tem a comunicação. Esses três entes são interligados, são transversais e é importante que isso aconteça. É importante também que na gestão não seja analógica, que ela se comunique com as pessoas que estão sendo atendidas”, afirmou.
“Sei lá, na área de saúde, é importante que se comunique com a parte de vacinação, por exemplo. Que as pessoas saibam onde é de vacinar e tudo. Isso é uma forma de comunicação que muitas vezes não sai somente aqui da Secom. Pode sair também em um aplicativo. Tem uma observação também na parte digital, que as pessoas colocam, algumas dizem até que é analógico. Acho que a gente precisa evoluir nisso”, admitiu.