A seca já afeta 72% do território chileno, enquanto o fenômeno da desertificação atinge 21,7% das terras do país, de acordo com um relatório oficial publicado nesta quinta-feira.

A desertificação dos solos compromete hoje cerca de 16,3 milhões de hectares, afetando 6,8 milhões de pessoas, em 156 das 346 comunas do Chile.

O risco de degradação da terra a nível nacional alcançaria 79,1% da superfície, segundo o Programa de ação nacional de luta contra a desertificação, a degradação de terras e a seca, elaborado pela Corporação Nacional Florestal (Conaf).

Esse total corresponde a 59,8 milhões de hectares, com mais de 12 milhões de pessoas afetadas.

“Estamos hoje no centro do processo de desertificação, que está tendo grande impacto em termos de superfície”, disse Aaron Caviedes, diretor da Conaf.

A seca já afeta, em diferentes graus, 72% das terras do país, o que corresponde a aproximadamente 55 milhões de hectares em processo de degradação, atingindo 90% dos habitantes do país.

“A situação da seca é séria e preocupante”, acrescentou Caviedes.

A região de Coquimbo, cerca de 400 km ao norte de Santiago, é a mais afetada, de acordo com as autoridades, que não consideraram nesta medição a ampla superfície que abrange o deserto do Atacama, o mais árido do mundo, que se estende por mais de 1.000 km no norte do país.

O relatório não informou sobre o custo total da deterioração dos solos.

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