O skate mal estreou em uma Olimpíada e já tem uma brasileira fazendo história, assim como Kelvin Hoefler, Rayssa Leal, de 13 anos, também conquistou uma medalha de prata na modalidade street no Complexo Ariake.

Sorrindo e parecendo estar se divertindo na pista em Tóquio, Rayssa se tornou a atleta mais jovem da história do Brasil a disputar uma Olimpíada, superando a nadadora Talita Rodrigues, que tinha 13 anos e 347 dias nos Jogos de Londres em 1948. De quebra, a Fadinha ainda se tornou a medalhista mais jovem do Brasil também, recorde que pertencia a Rosângela Santos, bronze em Pequim 2008, com 17 anos no 4x100m do atletismo.

“Não caiu a ficha ainda, eu estou super feliz de saber que eu representei bem as meninas [equipe feminina], que infelizmente não conseguiram se classificar para a final, mas eu pude representar elas e o Brasil inteiro”, contou a skatista de 13 anos ao canal oficial da Olimpíada.

Modalidade estreante em Tóquio, o skate trouxe competidores mais jovens, principalmente no feminino e mostrou que veio para ficar. Rayssa contou que sempre foi um sonho seu e da família de poder representar o Brasil em uma Olimpíada. “Estar com a medalha aqui no peito é muito gratificante e saber que eu fiz meu trabalho, [além] de me divertir que é o mais importante”, ressaltou.

Questionada sobre uma possível pressão, Rayssa demonstrou leveza e disse que lida com a expectativa se divertindo no comando do skate. “É bem fácil é só de divertir, deixar toda a pressão de lado, fazer o que eu faço de melhor que é andar de skate”, explicou.

Na última semana, a jovem sktatista recebeu a visita em Tóquio da lenda do skate Tony Hawk. Nessa linha, se para alguns encontrar o ícone norte-americano é um problema, para Rayssa ele é apenas “Toninho”, como ela gosta de chamá-lo. “Ele foi um dos primeiros a compartilhar meu vídeo [vídeo de fadinha no skate], ele foi um dos que mais me ajudou no início por mostrar meu trabalho para outros skatistas. Então, fico muito feliz de saber que ele estava me apoiando na competição, quando eu estava nervosa ele foi lá e meu desejou boa sorte, fico muito feliz de ter uma boa relação com ele”, completou.

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Começo no skate

Com o início no patins, Rayssa contou que os primeiros passos no skate foram aos seis anos depois que um amigo do seu pai, Haroldo, dar seu primeiro skate: “Quando eu conheci o skate foi amor a primeira vista”.

O começo não foi fácil e ela relembrou o skate de bilha, presente do pai: “Um dos piores skates, mas para quem está começando a andar é muito bom para pegar equilíbrio”.

E se para o Brasil Rayssa é apenas a Fadinha do skate, a atleta brasileira diz que não gostava muito do apelido, “mas agora já era, já pegou, é fadinha para sempre”. A medalhista olímpica ainda contou que agora a preocupação é rever os familiares.

“Eu vou tirar um tempo com a minha família, faz muito tempo que a gente não se vê. Então, eu vou me juntar com a minha avó, com a minha bisavó, aproveitar cada momento juntos e comemorar que é o mais importante. Se divertir, brincar e dar um abraço super apertado no meu irmão que eu estou morrendo de saudade e do meu pai também”, finalizou.

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