MILÃO, 16 DEZ (ANSA) – O vice-premier e ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, reafirmou neste domingo (16) que, se o governo brasileiro convidá-lo para buscar o italiano Cesare Battisti, que está foragido desde o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux determinou sua prisão, ele está preparado para viajar. “Estou falando nesta hora com o presidente brasileiro e por isso me dizem extremista e fascista. Eu e Bolsonaro temos mil defeitos, mas se, nas próximas horas, eu receber um convite para ir e pegar um avião para trazer de volta à Itália um terrorista que está morto na consciência e que não deveria ficar na praia no Brasil, mas na prisão na Itália, eu pegaria o voo”, disse.   

A declaração foi dada por Salvini à jornalistas na escola de formação política do partido ultranacionalista Liga. “Se devo reeducar alguém que tem duas sentenças perpétuas, eu faço isso na cadeia”, finalizou. Neste sábado (15), diversos agentes passaram o dia tentando encontrar o ex-membro do Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), condenado na Itália à prisão perpétua pelo assassinato de quatro pessoas na década de 1970.   

Battisti vive em Cananeia, no litoral sul de São Paulo, graças a um asilo concedido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.   

Vizinhos relatam que ele está desaparecido desde novembro. Em entrevista ao G1, um dos amigos dos italiano afirmou que levou ele de carro até São Paulo há duas semanas. De lá, Battisti seguiria para o Rio de Janeiro.   

Após a decisão de Fux, o presidente Michel Temer assinou o decreto da extradição do ex-guerrilheiro. Com isso, se for encontrado, Battisti já poderá ser transferido imediatamente para a Itália. (ANSA)