A duplista brasileira Luisa Stefani diz se sentir dividida em relação à presença de torcedores em Roland Garros, torneio de Grand Slam que terá início neste domingo. Ao mesmo tempo que comemora o retorno da animação nas arquibancadas, ela reconhece que ter fãs no complexo de Paris pode ser “preocupante”.

No entanto, aposta na rigidez dos protocolos de segurança. “Se for feito com todos os cuidados e se os espectadores respeitarem os protocolos de segurança, acho que dá para voltar de uma maneira legal, com distanciamento, respeitando as normas”, disse a tenista ao Estadão.

Stefani e a americana Hayley Carter vão entrar no torneio com status de favoritas em razão da boa campanha que vêm fazendo desde o retorno do circuito. No US Open, alcançaram as quartas de final, a melhor campanha da brasileira em um Grand Slam. Antes, foram campeãs em Lexington e Newport Beach, nos Estados Unidos. Às vésperas de Roland Garros, chegaram à semifinal em Roma e à final em Estrasburgo, na França.

Confira abaixo os principais trechos da entrevista:

Qual é a sua expectativa para Roland Garros?

Minha expectativa é continuar jogando e aproveitando cada jogo, como temos feito desde o retorno do circuito. É bom podermos estar jogando agora. Há alguns meses nem sabíamos se teria circuito, se poderíamos estar jogando. Então, só de estar aqui já é muito gratificante. O resto é manter o foco e os treinos, sem pensar demais porque é um Grand Slam. É a meta, é onde a gente sempre quer estar. Agora é aproveitar o momento e fazer o que temos feito, porque está dando certo.

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Pela boa campanha que vocês vêm fazendo desde a retomada do circuito, você e a Carter se consideram como uma das duplas favoritas?

Sim, acho que estamos tendo uma retomada no circuito muito boa. Em todos os torneios que já jogamos, enfrentamos as melhores do mundo e fomos bem. Em alguns ficamos para trás, em outros ganhamos. Isso dá confiança de que podemos ir longe e ganhar o título, sim.

Como será voltar a jogar com torcida nas arquibancadas?

Pô, vai ser muito legal jogar com torcida de novo, um pouco mais animado, e não tão silencioso.

Na sua opinião, é o momento certo para o retorno dos torcedores?

Acho que só vamos saber depois de um tempo, depois do torneio. Se for feito com todos os cuidados e se os espectadores respeitarem os protocolos de segurança, acho que dá para voltar de uma maneira legal, com distanciamento, respeitando as normas. Isso é o mais importante. Mas eu me sinto segura se os protocolos forem seguidos. Não teremos nenhum contato com os torcedores. E isso dá um pouco de alívio nesta volta da torcida.

As regras e os protocolos de Roland Garros serão os mesmos do US Open?

Os protocolos serão parecidos, com o uso de máscara, o distanciamento social e a permanência dentro da ‘bolha’. Os jogadores e suas equipes só podem ficar nas áreas designadas pela organização do torneio, como os hotéis oficiais. A maior diferença será a presença dos fãs, que é a mais preocupante também.


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