Guilherme Amado Coluna

Coluna: Guilherme Amado, do PlatôBR

Carioca, Amado passou por várias publicações, como Correio Braziliense, O Globo, Veja, Época, Extra e Metrópoles. Em 2022, ele publicou o livro “Sem máscara — o governo Bolsonaro e a aposta pelo caos” (Companhia das Letras).

Se Luiz Fux apoiar anistia, irá se contradizer mais uma vez

Fux é principal aposta de diálogo de lideranças do PL para destravar anistia no STF, mas já se manifestou contra o assunto

Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
O ministro Luis Fux Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Se o projeto de anistia chegar ao STF e Luiz Fux votar a favor da proposta, o ministro estará se contradizendo mais uma vez.

Em maio de 2023, ao votar contra o indulto concedido por Jair Bolsonaro a Daniel Silveira, Fux afirmou que a anistia é incabível porque “o Estado Democrático de Direito é uma cláusula pétrea que nem mesmo o Congresso pode suprimir”.

“Entendo que crime contra o Estado Democrático de Direito é um crime político e impassível de anistia, porquanto o Estado Democrático de Direito é uma cláusula pétrea que nem mesmo o Congresso Nacional, por meio de emenda, pode suprimi-la”, disse o ministro na ocasião.

Fux foi o único a votar pela absolvição de Jair Bolsonaro, ao lado de outros sete réus, na ação penal da trama golpista. Por esse motivo, tornou-se uma das principais apostas das lideranças do PL para interlocução no STF a favor da anistia. Também integram o grupo Kassio Nunes Marques e André Mendonça, ambos indicados por Bolsonaro à Corte.

O deputado Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, afirmou que o partido vem buscando interlocução com ministros do STF caso o texto seja aprovado no Congresso e vetado por Lula.