A edição virtual do Emmy, o “Oscar da TV”, mostrou que a criatividade é o melhor remédio contra o distanciamento social. Sozinho no palco, o apresentador Jimmy Kimmel disparou piadas precisas contra os inimigos do mundo: presidente Trump, racismo, coronavírus. Os indicados acompanharam a cerimônia de casa, o que permitiu uma dinâmica bem diferente da sisudez das premiações. Foi bem mais divertido assistir a astros e familiares juntos, celebrando de maneira informal, do que ver os discursos repetitivos das premiações habituais. A série “Schitt’s Creek” foi a grande vencedora e bateu recorde: levou todos os prêmios de comédia. Apesar de concorrentes de peso, como “Segura a Onda” (HBO) e “The Marvelous Mrs. Maisel” (Amazon), a produção canadense exibida aqui pelo canal Comedy Central/NET Now venceu Melhor Série, Ator (Eugene Levy) e Atriz (Catherine O’hara), Ator Coadjuvante (Daniel Levy, filho de Eugene na série e na vida real), e Atriz Coadjuvante (Annie Murphy), Roteiro e Diretor. A série conta a hilariante saga dos Rose, milionários que perdem tudo e são obrigados a se mudar para uma cidadezinha. O comportamento arrogante da família diante da realidade das pessoas normais é, simplesmente, de chorar de rir.

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Outro grande vencedor da noite foi “Succession”, série da HBO. As intrigas da família disfuncional dona de um império da mídia levou quatro estatuetas: Melhor Drama, Ator (Jeremy Strong), Direção e Roteiro. Na categoria minissérie, o destaque foi para “Watchmen”, distopia da HBO sobre um massacre racista ocorrido em Tulsa, nos EUA, em 1921.

A produção ganhou quatro prêmios: Melhor Minissérie, Atriz (Regina King), Ator Coadjuvante (Yahya Abdul-Mateen II) e roteiro. O ator Mark Ruffallo conquistou o prêmio de Melhor Ator de Minissérie por “I Know This Much is True” (HBO); a jovem Zendaya levou o de Melhor Atriz de Drama por “Euphoria” (HBO). A melhor diretora de minissérie foi Maria Schrader, de “Nada Ortodoxa” (Netflix).