Bicampeão olímpico e maior medalhista da história do País nos Jogos, Robert Scheidt é agora capitão da seleção brasileira. Em uma cerimônia no Museu Olímpico em Lausanne, na Suíça, ele foi apresentado na segunda-feira como o primeiro integrante do time Brasil que vai disputar a primeira edição da Nations Gold Cup, da Star Sailors League (SSL, na sigla em inglês), em 2021. Trata-se de uma espécie de Copa do Mundo náutica, na qual 16 países lutarão pela hegemonia dos mares.

As regatas da Nations Gold Cup serão disputadas com modelos SSL 47 de alta performance (15 metros) e cada barco levará entre 8 e 10 tripulantes. Diferentemente da America’s Cup e da Volvo Ocean Race, reunirá equipes formadas exclusivamente por velejadores nascidos no mesmo país.

Assim, Scheidt poderá ter a companhia de nomes consagrados como Martine Grael, filha de Torben e campeã olímpica no Rio-2016; a sua parceira da Classe 49erFX, Kahena Kunze; Jorge Zarif, atual campeão mundial de Star e da SSL Finals, além de outros campeões da vela.

Mesmo em campanha na classe Laser para os Jogos de Tóquio-2020, o bicampeão olímpico compareceu ao evento. “É um novo conceito de competição que prioriza a emoção, tanto para o público quanto para os atletas, preservando-se o espírito e a tradição da vela”, afirmou Scheidt.

A Nations Gold Cup está programada para ser disputada a cada dois anos, a partir de setembro de 2021, no lago suíço de Neuchâtel. “O conceito é muito parecido com o da Copa do Mundo de futebol. Começa com as etapas de qualificação e depois avança para quartas de final, semifinais e final. Se funciona bem nos outros esportes, faremos o mesmo na vela”, explicou o polonês Mateusz Kusznierewicz, campeão olímpico da Classe Finn e diretor de esportes da Nations Gold Cup.