“Com a vitória, seria um retorno 100% feliz. Não conseguimos, mas fico feliz porque jogamos para frente.” O meia Gustavo Scarpa, do Palmeiras, lamentou o empate, mas tinha muito mais motivos para comemorar depois do 1 a 1 com o Santos, na noite desta quinta-feira, no Pacaembu, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. Foi a primeira partida oficial dele desde março.

O período inativo foi duro, conforme ele admitiu depois do apito final. Em disputa na Justiça com o Fluminense desde que decidiu sair do clube, no início do ano, ele jogou apenas por dois meses pelo Palmeiras até uma verdadeira guerra de liminares ter início. Foi graças a um habeas corpus obtido no fim de junho que ele conseguiu ser registrado novamente pelo clube.

“Foi um período difícil, mas continuei firme, com fé e, graças a Deus, deu tudo certo. Para mim, é gratificante (voltar a jogar) porque fui tratado como o errado na história toda. Fiquei sem receber, não pude trabalhar, não entendi o real motivo, mas agradeço muito a Deus por ter ficado com a cabeça boa nesse tempo, pela espera do Palmeiras, que teve confiança na minha volta após tanto tempo parado”, desabafou o jogador, que ainda não havia se pronunciado desde a última vitória nos tribunais – o caso, porém, ainda permanece aberto e poderá ter novos desdobramentos.

Depois de participar de amistoso disputado pelo Palmeiras na América Central, durante a pausa da Copa do Mundo, ele enfim pôde disputar uma partida “a valer”. E, a exemplo do técnico Roger Machado, que já elogiara o jogador na véspera do clássico por conta de sua condição física, Scarpa se surpreendeu com seu desempenho diante do Santos.

“Fisicamente, estou bem, não no meu ápice, mas, assim como toda comissão, fiquei surpreso com meu condicionamento físico. Fiquei três meses parado e já consegui participar de 45 minutos de um amistoso, depois jogar a partida toda num clássico”, destacou o camisa 14, que suportou os mais de 90 minutos (incluindo os acréscimos) do duelo.

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