Autor de um dos gols do título do Atlético-MG diante do Cruzeiro na final do Campeonato Mineiro, o meio-campista Gustavo Scarpa parece ter reencontrado o caminho da prosperidade no futebol após rápida passagem pelo Nottingham Forest, da Inglaterra, e pelo Olympiacos, da Grécia. Fora dos gramados, no entanto, o atleta segue em busca de um desfecho no caso contra a empresa do atacante Willian Bigode.

Em maio de 2022, Scarpa investiu mais de R$ 6,3 milhões na empresa de criptomoedas XLand e acusa a WLJC, consultoria que pertence a Bigode, de recomendar tal investimento com a promessa de que haveria retorno de 3,5% a 5% ao mês. Porém, o meia não conseguiu resgatar o dinheiro e foi à Justiça para ter os valores devolvidos e rescindir o contrato. Até o momento, o caso segue sem desfecho.

“Poderia estar resolvido, já passou da hora”, disse Scarpa, em entrevista ao programa SportsCenter, da ESPN. “É um caso muito simples, está claro no processo a responsabilidade do Willian”, afirmou ele, que destacou ainda esperar que ter retornado ao Brasil ajude a desenrolar o caso na Justiça.

“Tive que vir ao Brasil para provar tudo o que aconteceu, com áudios e prints. Está claro no processo. Espero que a Justiça acelere. Quero recuperar essa grana, tomara que dê certo”, disse o meia do Atlético-MG.

Scarpa alegou que o dinheiro deveria ter sido devolvido em agosto de 2022. Como isso não ocorreu, o atleta acionou a empresa de Willian Bigode na Justiça em março de 2023, e o processo corre na 10ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo.

A atualização mais recente do caso de Scarpa foi em janeiro deste ano, quando o juiz Danilo Fadel de Castro ordenou à Polícia Federal a emissão de laudo sobre o real valor das pedras preciosas da XLand. A empresa afirmou ter mais de 20 quilos de alexandritas, que, segundo a organização, valem mais de R$ 2 bilhões. O montante seria mais do que suficiente para cobrir o valor perdido por Scarpa na operação. No entanto, é necessário um laudo pericial para certificar o valor das pedras preciosas.

Além de Scarpa, o lateral Mayke também processou a empresa de Bigode e pediu o ressarcimento de mais de R$ 4,5 milhões investidos e mais de R$ 3,2 milhões referentes à rentabilidade. O caso do jogador do Palmeiras está na 14ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo.