O jovem de 18 anos responsável pelo ataque que matou cinco pessoas em uma escola municipal de educação infantil em Saudades (SC) foi descrito pela Polícia Civil como “problemático”. De acordo com as investigações, o autor do ataque tem um perfil de quem teria sofrido bullying na escola e já teria maltratado animais. As informações são do jornal Extra.

De acordo com o Delegado de Polícia Jerônimo Marçal, responsável pelo caso, o jovem preso logo após o crime foi autuado em flagrante por cinco homicídios triplamente qualificados e uma tentativa de homicídio de uma criança. Conforme a polícia, a vítima que ficou ferida foi transferida para um hospital em Chapecó em estado gravíssimo.

Entre as vítimas fatais estão três crianças, de dois anos, a professora Keli Adriane Anieceviski, de 30 anos, e a agente educativa Mirla Renner, de 20 anos. O suspeito ainda atingiu uma quarta criança, que sobreviveu. Os corpos ficaram na sala de aula onde ocorreu o crime até a chegada do Instituto Médico Legal (IML) e foram transferidos para Chapecó na sequência.

Segundo os investigadores, as qualificadoras dos crimes foram motivo torpe, utilização de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas e a utilização de meio cruel. Até a manhã desta quarta-feira (5), o homem seguia hospitalizado em Chapecó. Ele tentou se matar após cometer o crime.

Ainda de acordo com a investigação, na casa dele a polícia encontrou R$ 11 mil em espécie. Em depoimento, os pais dele disseram que o valor é oriundo do trabalho dele em uma empresa na cidade. O jovem estaria economizando a quantia e não tinha muitas atividades em que pudesse gastar. Até o momento, não há indícios de haver qualquer relação entre ele e os alvos.

Nesta quarta-feira (5) e pelos próximos dias, a Polícia Civil de SC seguirá realizando os trabalhos no inquérito policial instaurado para apurar a motivação dos crimes. Estão sendo tomados depoimentos de testemunhas.

O Delegado de Polícia Jerônimo Marçal pretende realizar o interrogatório do autor nos próximos dias e aguarda também autorização judicial para acessar equipamentos eletrônicos apreendidos com o jovem. A Polícia Civil também aguarda os laudos periciais em trabalho que está sendo feito pelo Instituto Geral de Perícias (IGP/SC).