Perseguir ou “stalkear” uma pessoa virou crime em 31 de março deste ano, com a Lei n° 14.132. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de Santa Catarina (SSP/SC), de março a agosto deste ano, 859 pessoas foram vítimas dessa prática de crime. É como se, a cada dia, cinco pessoas fossem perseguidas. As informações são  do NSC Total.

Essa prática foi discutida pela primeira vez em 1993, na Dinamarca. E na década de 1990 ganhou visibilidade na Europa após estudos apontarem que o perfil das vítimas são: mulheres, em sua maioria, principalmente depois do término de um relacionamento.

Isso é observado no cenário de Santa Catarina, segundo a SSP, 716 vítimas eram mulheres, e 143, homens.

Os registros de stalking aconteceram em ao menos 132 municípios catarinenses. Florianópolis registrou 106 casos e lidera a lista, seguido de São José ( 77 casos), Blumenau (47) e Joinville aparece em sétimo lugar (26 registros).

Nas regiões, a Grande Florianópolis é a que mais registrou casos nos últimos meses: 234. Em seguida vêm o Sul, com 114, e o Vale do Itajaí, 105.

Tipos de stalking

A perseguição por uma pessoa rejeitada é o tipo mais comum de stalking. Nele, o suspeito pode ter tido algum relacionamento com a vítima e não aceita o término. Tem também o stalker ressentido, que se sente humilhado e resolve se vingar. Já o cortejador é aquele que busca uma amizade ou relacionamento, algumas vezes para combater a solidão.

Há o stalker que busca uma situação real, mas acaba criando uma fantasia. Imagina uma amizade ou relacionamento que não existe. Por fim tem o predador. É aquele que comete algum tipo de violência sexual com vítimas conhecidas ou não.