Saúde mental da população mundial continua em declínio, aponta estudo

Em 2020, a saúde mental da população mundial teve uma queda significativa. E em 2021, apesar de menos drasticamente quanto no ano anterior, ela continuou a diminuir. Essas informações foram constatadas pelo 2º Relatório Anual do Estado Mental do Mundo (MSW), pesquisado pelo Sapien Labs. As informações são do “IFL Science”.
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O relatório
Em 2020, impulsionado principalmente pela pandemia de covid-19, o estudo registrou uma queda de 8% na saúde mental e no bem-estar médios entre os participantes.
Em 2021, o declínio manteve-se em 3%. Esses índices foram, novamente, influenciados por medidas sanitárias, como o lockdown e o distanciamento social. Além disso, o relatório também encontrou uma correlação direcional entre o declínio da saúde mental e as mortes e casos de covid-19.
Online e anônima, a pesquisa utilizou o Quociente de Saúde Mental (MHQ) para mensurar os resultados de 223 mil pessoas de 34 países, entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2021.
Governos e a pandemia
Durante a pesquisa, muitos dos entrevistados argumentaram que as mensagens pouco claras de seus governos locais sobre a doença, a falta de apoio aos indivíduos e o foco em salvar a economia — e não as pessoas — foram grandes erros no gerenciamento da pandemia.
Os índices do relatório apontaram que o sucesso econômico de um país parece ser negativamente proporcional ao índice de saúde mental. Os dados sugerem que quando os sistemas econômicos funcionam, eles promovem a desigualdade e incentivam a exploração, criando piores resultados de saúde mental para a população em geral.
Quem luta com a saúde mental
Os piores resultados de saúde mental foram na Anglosfera Central (EUA, Canadá, Reino Unido, Irlanda, Austrália, Nova Zelândia) e na África do Sul, enquanto as pesquisas da América Latina e dos países da Europa Continental tiveram o melhor bem-estar mental geral.
Quando se trata de idade, a geração mais jovem parece ser a mais afetada pelo declínio. Apenas 7% das pessoas com 65 anos ou mais têm problemas de saúde mental, em comparação com 44% dos jovens. Apenas 19% dos jovens de 18 a 24 anos tiveram pontuações de bem-estar mental “prósperas” ou “bem-sucedidas”.
Ao olhar para a diferença de gênero, os homens tendem a ter o maior bem-estar. A diferença entre homens e mulheres é descrita como pequena, mas persistente, com a maior diferença na América Latina e a menor na Anglosfera Central. Pessoas não-binárias tiveram o menor bem-estar mental, com 51% tendo problemas.
“Este ano, os resultados nos surpreenderam. É a primeira visão da magnitude das diferenças no bem-estar mental entre faixas etárias, gêneros e países. No geral, as descobertas foram surpreendentes e nos deixaram ponderando que talvez nossos sistemas de crescimento econômico, valores de individualismo e uma mudança da interação pessoal para amplamente digital promovam um ambiente de bem-estar mental precário. Esses dados deixam claro que, para nutrir o espírito humano, precisamos de um novo paradigma”, declarou Tara Thiagarajan, fundadora e cientista-chefe do Sapien Labs, em comunicado.
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