O sargento da Polícia Militar Adriano Henrique Garcia, que chegou a ficar quatro meses preso por suspeita de participar da maior chacina de São Paulo, que terminou com 17 mortos em agosto de 2015, prestou depoimento sentado de frente para os jurados, que serão responsáveis por condenar ou não dois PMs e um GCM, réus no processo. Arrolado como testemunha, Garcia se virou para o Conselho de Sentença após pedido dos advogados de defesa, autorizado pela juíza Élia Kinosita Bulman.

Garcia foi preso após decisão do Tribunal de Justiça Militar, mas não chegou a ser réu do processo da chacina. Ele testemunhou a favor do PM Thiago Henklain, relatando que o policial o auxiliou a montar alvos para uma aula de tiro que o sargento ministraria no dia seguinte.

O mesmo aconteceu no depoimento de um GCM, que testemunhou a favor do réu Sérgio Manhanhã, e se sentou de frente para os jurados. Após intervalo para lanche, os jurados pediram para mais ninguém sentar voltado para eles.

Ao todo, oito testemunhas de defesa foram ouvidas, entre familiares, policiais e GCMs. Com elas, a defesa tenta construir os álibis dos réus.

Na versão das testemunhas, o PM da Rota Fabrício Eleutério teria ido ao cinema e depois à casa da namorada, na noite da chacina. O PM Henklain teria ficado na 1ª Companhia do 42.° Batalhão e depois ido para casa. Já o GCM Manhanhã não teria autonomia para deslocar viaturas, facilitando a chacina, segundo as testemunhas.

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