15/07/2021 - 5:53
Na próxima segunda-feira (19), a Justiça Militar vai ouvir o sargento Jairo Stenio da Silva Souza, de 45 anos, acusado por três estupros, um estupro de vulnerável, de uma criança de oito anos, e uma importunação sexual. As informações são do colunista Josmar Jozino, do UOL.
De acordo com a Corregedoria da Polícia Militar, os crimes aconteceram nos dias 18 de janeiro, 11 e 16 de junho de 2020, data em que foi decretada sua prisão preventiva. O suspeito está preso no Presídio Militar Romão Gomes, na Águia Fria, na zona norte de São Paulo.
Todos os casos correm em segredo de Justiça, mas a reportagem teve acesso parcial à documentação.
Em relação ao caso de estupro da criança de oito anos, a Corregedoria da PM-SP apurou que, em 7 de junho do ano passado, Stenio participava de uma operação na zona sul de São Paulo, quando um casal de irmãos, um garoto de 13 anos e uma menina de oito, acompanhava a ação.
Segundo o MP-SP, Stenio ofereceu cesta básica aos pais dos menores e prometeu ajudá-los. Ele foi à casa da família nos dias 9 e 10 de junho. De acordo com a reportagem, ele levou bolo, pão e uma cesta básica para conquistar a confiança dos moradores.
No dia 11, ele retornou ao local, desta vez em trajes civis, em um horário em que os pais dos menores já haviam saído para trabalhar. Ele pediu para que o menino fechasse o portão da residência e tampasse a placa do veículo com um pano.
Quando o garoto voltou, flagrou o policial abusando sexualmente da irmã. Ele teria dito à menina que os dois eram namorados, e pedido para que ela não contasse nada a ninguém. Mas as crianças contaram aos pais o que havia acontecido.
A família teve medo de denunciar o crime à polícia, mas decidiu por fazê-lo após o cachorro da família ter morrido de forma suspeita no dia 14 de junho.
Ainda de acordo com a reportagem do UOL, a audiência da próxima segunda é sobre a importunação sexual contra uma mulher de 26 anos, que havia procurado a 2ª Companhia do 50ª Batalhão para reclamar do marido que a agredia.
Stenio teria atendido a jovem, mas se aproveitado de sua fragilidade emocional pedindo para abraçá-la, alegando confortá-la, e depois pegando o número de seu celular, por onde passou a assediá-la. Ela denunciou o caso à Corregedoria da PM.
Os outros três casos de estupro aconteceram no mesmo dia, em 18 de janeiro de 2020. Em um deles, Stenio abordou uma jovem de 20 anos em um ponto de ônibus, a levou para um local ermo, a beijou e a apalpou à força.
Ainda no mesmo dia, já durante o trabalho, ele atendeu a uma ocorrência de violência doméstica com outros policiais. Eles expulsaram o dono da casa, e Stenio pediu para os outros PMs retornarem ao batalhão, pois ele queria conversar a sós com a vítima.
Segundo a reportagem do UOL, a Corregedoria da PM diz que o sargento agarrou uma menina de 14 anos e também tentou beijá-la à força. Logo depois, levou sua mãe, de 35 anos, para a cama e a violentou.
Ele foi denunciado à Justiça em todos os casos e é réu nos processos.