O São Paulo anunciou nesta quarta-feira a demissão do técnico Ricardo Gomes. Após somente 18 partidas, o treinador deixa o cargo sem nunca ter agradado a torcida e a diretoria. A gota d’água para sua passagem no time paulista foi a derrota por 2 a 0 para a Chapecoense no último domingo, pela 36.ª rodada do Campeonato Brasileiro. O que surpreendeu foi o momento escolhido para a saída, a somente duas partidas para o fim da temporada.

Foram apenas três meses de trabalho no São Paulo. Ricardo Gomes foi trazido do Botafogo, pelo qual foi vice-campeão carioca, para a vaga de Edgardo Bauza, que assumiu a seleção argentina. Os resultados, no entanto, não vieram e até pensando na temporada 2017, o clube optou por sua saída. A demissão foi anunciada em breve pronunciamento do diretor executivo Marco Aurélio Cunha. Pintado assume interinamente.

“O São Paulo comunica que terá uma mudança no comando técnico: Ricardo Gomes deixa o clube neste momento. Este é o momento mais adequado para esta mudança. A partir de agora pensaremos em novos planos e rumos dentro de uma ideologia que planejamos para 2017. Para a pré-temporada e, consequentemente, para a disputa da Florida Cup, teremos um novo treinador”, disse o dirigente.

A demissão de Ricardo Gomes parecia questão de tempo. O treinador teve dificuldades para fazer a equipe funcionar e brigou contra o rebaixamento no Brasileirão na maior parte de sua passagem pelo clube. A goleada por 4 a 0 sobre o Corinthians foi a exceção em uma sequência de partidas fracas. Tanto torcida quanto diretoria pareciam não ter grande confiança no técnico.

Ricardo Gomes fez 18 partidas nesta segunda passagem como técnico do São Paulo – a primeira aconteceu entre 2009 e 2010. Foram seis vitórias, cinco empates e sete derrotas, com apenas 42,5% de aproveitamento. Atualmente, o time é somente o 13.º na tabela, com 46 pontos.

Até pela fala de Marco Aurélio Cunha, o São Paulo parece ter em mente o estilo de treinador que quer para 2017. E o nome de Rogério Ceni ganha muita força no clube. O ex-goleiro, e um dos maiores ídolos do clube, passou o ano de 2016 realizando cursos no Brasil e no exterior para se tornar treinador. Resta saber se o próprio Rogério e a diretoria acreditam que ele já esteja pronto para assumir o comando.