A crise do São Paulo e a pressão sobre o técnico Luis Zubeldía aumentaram nesta quarta-feira graças à derrota de virada para a Ponte Preta, por 2 a 1, em duelo da penúltima rodada da fase de grupos do Paulistão. Instável, apático e incapaz de encontrar alternativas para ao menos deixar o MorumBis com um ponto, o time tricolor fez um primeiro tempo razoável, foi dominado no segundo tempo, etapa em que levou dois gols em 11 minutos, e saiu de campo vaiado.
Só não irritou mais seus torcedores porque o resultado é desfavorável ao arquirrival Palmeiras, que corre grande risco de ser eliminado na fase de grupos do Estadual. A Ponte Preta, vice-líder de sua chave, o Grupo D, tem 22 pontos e está em uma condição confortável. São cinco de vantagem para o time alviverde, desesperado e na iminência de cair precocemente.
O São Paulo soma 16 pontos, está classificado antecipadamente e ainda lidera o Grupo C. O problema é que pode perder a ponta para o Novorizontino, que tem 15 pontos e será seu adversário na próxima fase. Quem fechar a fase de grupos na frente decidirá as quartas de final em casa em jogo único.
O primeiro tempo foi morno e de leve domínio do São Paulo, que foi protagonista de alguns dos mesmos problemas das últimas partidas. Um deles foi a ineficiência. Até criou bastante e encontrou espaços a equipe treinada por Zubeldía, mas não conseguia acertar o gol. Luciano e Pablo Maia, por exemplo, perderam chances em arremates de frente para o gol.
Só que Calleri, o finalizador de quem se espera que acerte o alvo, resolveu o problema. Um cabeceio que desviou no ombro foi o suficiente para o argentino vencer o goleiro Diogo e ir às redes no fim da primeira etapa.
O problema é que, instável, a equipe tricolor jogou um péssimo futebol no segundo tempo, foi dominado e levou em 11 minutos a virada da Ponte Preta. O time campineiro se valeu de falhas defensivas do rival, fez o que quis no MorumBis e deixou calada a torcida são-paulina.
Aos três, um erro de todo o sistema defensivo dos anfitriões permitiu que a Ponte Preta empatasse. Jean Dias cruzou, Arboleda desviou e Artur, livre, finalizou com a coxa para as redes. Aos 14, nova falha da defesa são-paulina deixou Léo Oliveira, Artur e Éverton Brito à vontade para triangular e construir a jogada que resultou no gol da virada e da vitória do time de Campinas.
Éverton Brito, completamente livre, foi às redes, definiu o triunfo da Ponte Preta, ampliou a crise do São Paulo e complicou o Palmeiras.
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 1 X 2 PONTE PRETA
SÃO PAULO – Rafael; Igor Vinícius (Sabino), Arboleda, Alan Franco (Cédric) e Enzo Diaz (Wendell); Pablo Maia, Bobadilla (Erick), Oscar e Lucas; Luciano e Calleri (André Silva). Técnico: Luís Zubeldía.
PONTE PRETA – Diogo Silva; Sérgio Raphael (Gustavo Teles), Emerson Santos e Danilo Barcelos; Maguinho (Pacheco), Léo Oliveira, Lucas Cândido, Serginho (Luiz Felipe) e Artur; Jean Dias (Vicente Concha) e Éverton Brito (Bruno Lopes). Técnico: Alberto Valentim.
GOLS – Calleri, aos 44 minutos do primeiro tempo; Artur, aos 3, e Léo Oliveira, aos 14 do segundo.
ÁRBITRA – Daiane Muniz.
CARTÕES AMARELOS – Émerson Santos, Danilo Barcelos e Jean Dias (Ponte Preta) e André Silva (São Paulo).
PÚBLICO – 22.138 presentes.
RENDA -853.044,00.
LOCAL – MorumBis, em São Paulo.