As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) são um problema de saúde pública que se agravam principalmente pela falta de diagnóstico e tratamento. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada dia, há mais de 1 milhão de novos casos de ISTs curáveis entre pessoas de 15 a 49 anos no mundo.

Muitas dessas infecções não geram sintomas, mas, se não forem acompanhadas e tratadas, podem levar a problemas graves e crônicos de saúde. Em São Paulo, a Prefeitura oferece testes gratuitos.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), há oferta na cidade de testes gratuitos convencionais, rápidos e até autotestes para ISTs como HIV/Aids, sífilis e hepatites B e C. Veja onde fazer cada um deles:

Testes convencionais: os testes de HIV, da sífilis e das hepatites B e C estão disponíveis nas 470 Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital, além dos 27 serviços da Rede Municipal Especializada (RME) em IST/Aids. As UBS e unidades das RME também realizam o diagnóstico e tratamento de outras ISTs;

Testes rápidos e autotestes: na unidade móvel CTA da Cidade, projeto da Coordenadoria de IST/Aids da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), é possível fazer testagem rápida gratuita para HIV, sífilis, hepatites B e C, e iniciar o uso da profilaxia pré-exposição ou pós-exposição (PrEP/PEP) ao HIV. O CTA da Cidade é itinerante, deslocando-se a regiões de maior vulnerabilidade na cidade nas sextas-feiras e sábados.

Os cidadãos podem consultar o endereço das UBSs e dos equipamentos voltados exclusivamente a IST/Aids mais próximos no site Busca Saúde, da Prefeitura.

Por que é importante testar mesmo sem sintomas?

As ISTs ocorrem principalmente por relação sexual desprotegida de camisinha – tanto oral, quanto vaginal ou anal – com uma pessoa infectada, ou da pessoa gestante para a criança durante a gestação, parto ou amamentação. Alguns tipos também podem ser transmitidos por contato com sangue, com lesões ou com objetos (sexuais ou não, como vibradores e lâminas de barbear).

Dessa forma, mesmo pessoas que nunca tiveram relações sexuais ou têm um parceiro fixo podem pegar uma infecção. Em alguns casos, ela pode se tornar detectável somente anos depois da infecção. “Muitas dessas IST são silenciosas e a pessoa pode não perceber os sintomas. Por isso, a prevenção e testagem regular são fundamentais”, alerta a Secretaria Municipal de Saúde.

De acordo com a OMS, se não forem tratadas, as ISTs podem levar a efeitos graves e crônicos à saúde, como câncer, doenças neurológicas e cardiovasculares, infertilidade, morte fetal para grávidas e aumento do risco de HIV. Já quando são acompanhadas desde o início, geralmente têm baixo risco de agravamento.

De acordo a pasta municipal, os tipos de ISTs mais comuns são:

HIV;

Sífilis;

Gonorreia;

Hepatites B e C;

Tricomoníase;

Clamídia;

Herpes genital;

HPV.