O São Paulo luta para garantir nesta quarta-feira uma vaga na fase de grupos da Copa Libertadores de 2020. Para alcançar a meta, a equipe precisa vencer o Internacional para não depender de tropeço do Corinthians diante do Ceará. O confronto com os gaúchos é tratado como uma “final” por diretoria, comissão técnica e elenco do clube.

O jogo contra o Inter será ainda a despedida do São Paulo do Morumbi nesta temporada. A diretoria abaixou o preço dos ingressos, que podem ser adquiridos a partir de R$ 5 (meia-entrada das arquibancadas laranja e amarela). O bilhete mais caro custa R$ 120, a inteira para a Cadeira Premium.

Apesar dos valores mais baixos, a torcida do São Paulo não parece empolgada para encher o Morumbi. Até a noite de terça-feira, havia ingressos disponíveis para todos os setores. O clube não divulgou a parcial de entradas comercializadas.

O número de torcedores no Morumbi vem caindo nas últimas partidas. Na quinta-feira passada, quando venceu o Vasco por 1 a 0, o São Paulo registrou o pior público em seu estádio neste Brasileirão: 11.970 presentes. Nos quatro jogos anteriores, foram menos de 21 mil torcedores.

O pior público do São Paulo como mandante nesta temporada também aconteceu no Brasileirão. No entanto, em partida realizada no Pacaembu. Foram 7.853 torcedores que acompanharam o empate por 1 a 1 com o Cruzeiro, em 2 de junho, pela sétima rodada do campeonato.

Além de não ter arquibancadas cheias, o Morumbi tem convivido com outra rotina ruim nas últimas partidas. Em cena que virou costumeira após os jogos no estádio, torcedores se juntam em frente ao portão principal para protestar contra diretoria, comissão técnica e alguns jogadores. Nos últimos dias, a principal organizada do clube voltou a fazer críticas por meio das redes sociais.

Um dos alvos é o diretor executivo de futebol Raí, que tem contrato até o fim desta temporada e permanência incerta para 2020. O dirigente vê como obrigação o São Paulo conquistar a vaga direta na fase de grupos da Libertadores.

“A responsabilidade é nossa de buscar essa classificação direta para a fase de grupos. Depende ainda da gente. Sabemos que o torcedor está triste. Estamos muito chateados também. Mas temos a chance. Depende só da gente”, afirmou Raí, que desconversou sobre seu futuro no clube e disse que a ideia é manter o técnico Fernando Diniz, também alvo de contestações, à frente da equipe.