Os moradores da cidade de São Paulo enfrentam dificuldades de deslocamento nesta terça-feira (28), devido a uma greve dos transportes contra um plano de privatizações do governo estadual, que prometeu não recuar.

A paralisação foi convocada pelos sindicatos ferroviários e metroviários em repúdio a um projeto de lei apresentado na Assembleia Legislativa paulista que prevê a privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

Os sindicatos também são contra os planos de permitir a iniciativa privada no próprio setor dos transportes.

Trata-se da terceira greve nos transportes este ano em São Paulo, onde vivem mais de 11,4 milhões de pessoas.

O protesto afeta total ou parcialmente quatro linhas de metrô e quatro de trens.

Os ônibus viajavam lotados, enquanto algumas estações de trem fechadas exibiam faixas alertando sobre a paralisação e com mensagens contra as privatizações.

“Péssimo! Estou andando na rua desde as 5h da manhã, tentando pegar um ônibus para chegar no trabalho e está difícil”, disse à AFP o cabeleireiro Richard Pencov, de 30 anos.

“As desestatizações, os estudos para concessões, não vão parar, não adianta fazer greve com esse mote. Nós vamos continuar tocando porque nós dissemos que faríamos isso”, declarou o governador Tarcísio de Freitas.

“Não aceitar essa posição é não aceitar o resultado das urnas, não aceitar a opinião diferente”, acrescentou.

Freitas afirmou que seu governo enviou aos sindicatos um comunicado para advertir sobre possíveis sanções aos grevistas caso não mantenham um serviço mínimo, de acordo com uma decisão da justiça trabalhista.

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