O Santos vai enfrentar de forma destemida a final da Copa Libertadores contra o Palmeiras neste sábado, no Maracanã, que caso vença se tornará o primeiro brasileiro tetracampeão da competição continental, afirmou nesta sexta-feira o técnico Cuca.
“A palavra medo não existe. Você estando envolvido nesse processo pode ter algum cuidado maior”, disse o treinador de 57 anos em uma coletiva de imprensa no estádio, no Rio de Janeiro.
“Temos de pensar bem, em todos os sentidos, principalmente na estratégia de jogo. Pensar no calor que vai fazer”, com temperaturas que ultrapassam os 30 graus, acrescentou.
O técnico destacou a força de sua equipe, de um clube mergulhado em uma crise econômica que provoca atrasos no pagamento de salários e proibição de contratação de jogadores após uma punição imposta pela Fifa.
“São rapazes que criaram um laço forte, uma grande confiança. Este jogo não é em casa nem fora. É uma final diferente, um jogo único”, afirmou.
Vencedor da Libertadores em 2013 com o Atlético Mineiro de Ronaldinho Gaúcho, Cuca garantiu que tem “dúvidas na equipe” para aquela que será a terceira final brasileira da Libertadores.
“São situações que temos dentro do grupo em que criamos essas opções (de substituições) e vamos escolher o melhor ao longo do jogo”, disse o técnico.
Cuca não deu pistas sobre o time titular que vai brigar pela quarta taça para o Santos, depois daquelas que foram erguidas por Pelé em 1962 e 1963 e por Neymar em 2011, embora haja dúvidas sobre a titularidade de John ou João Paulo no gol – ele deverá optar pelo primeiro – e a escalação de Sandry em vez de Lucas Braga.
O certo é que poderá contar com o capitão Alison, que disse estar “100%” depois de testar positivo para covid-19 há quinze dias.
A final será disputada pelas “duas equipes que foram melhores dentro dessa competição. O Palmeiras chegou com seus méritos, assim como a gente. É um jogo equilibrado, final de campeonato, decisão, dois clubes grandes, clássico paulista. Nos últimos anos, Santos e Palmeiras decidiram campeonatos, fizeram finais de campeonatos. Amanhã não vai ser diferente. Um jogo muito equilibrado, que vai ser decidido nos detalhes. Quem errar menos vai sair com o título”, afirmou o meia.
A terceira final brasileira da Libertadores será disputada sem público devido à pandemia de coronavírus.
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