O banco espanhol Santander anunciou nesta quarta-feira um prejuízo líquido de 11,13 bilhões de euros (13,06 bilhões de dólares) no segundo trimestre, depois de depreciar seu fundo do comércio devido “à deterioração das perspectivas econômicas” provocadas pela pandemia de COVID-19.

A depreciação alcança o valor de 12,6 bilhões de euros, mas “não afeta liquidez” do grupo, afirma um comunicado divulgado pelo Santander, maior banco europeu em termos de capitalização na Bolsa.

Para o conjunto do primeiro semestre, a perda é de 10,800 bilhões de euros.

Sem o elemento excepcional, o banco teria registrado lucro de 1,9 bilhão de euros no primeiro semestre, uma queda de 53% na comparação com o primeiro semestre de 2019, informou o Santander.

“A depreciação não afeta a solidez de nosso balanço. As bases de nossa atividade são sólidas, com um nível de capital na parte superior de nossos objetivos”, afirmou a presidente do banco, Ana Botín, citada no comunicado.

A taxa de fundos próprios CET1, que mede a força financeira do banco, subiu levemente a 11,84%, contra 11,58% no fim de março.

O produto líquido bancário, equivalente ao faturamento, foi de 11,8 bilhões de euros, uma queda de 8% em um ano (mais 2% sem variações do câmbio).

As filiais afetadas pela depreciação do fundo de comércio são as do Reino Unido (-6,1 bilhões de euros), Estados Unidos (-2,3 bilhões), Polônia (-1,2 bilhão) e a unidade de créditos ao consumidor (-477 milhões).