Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid nesta quinta-feira, o empresário José Ricardo Santana contradisse o policial militar Luiz Paulo Dominghetti, e afirmou não ter presenciado pedido de propina durante jantar em Brasília. “Eu não presenciei nenhum pedido de vantagem indevida”, disse Santana.
De acordo com o depoente, pessoas que participaram do jantar no dia 25 de janeiro, em Brasília – onde supostamente teria havido um pedido de propina -, conversaram apenas sobre “amenidades”. Ele também afirmou que o policial militar Luiz Paulo Domingheti, que se apresentava como representante da Davati, e o coronel Marcelo Blanco, ex-assessor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, permaneceram apenas 20 minutos no local.
O jantar contou com a presença do ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias, que segundo Dominghetti, foi responsável por um pedido de propina de US$ 1 por dose da vacina da AstraZeneca. Durante seu depoimento à CPI, Dias negou pedido de propina. Blanco, que também prestou depoimento ao colegiado, alegou que, enquanto ele esteve presente no jantar, “não houve pedido”.
Com as dificuldades de obter respostas do depoente tanto sobre suas relações quanto sua atuação no Ministério da Saúde, o comando do colegiado aprovou um requerimento para que a Saúde informe todos os dias e horas das entradas de Santana no ministério.