VATICANO, 1 OUT (ANSA) – A Santa Sé encerrou o exercício de 2019 com déficit de 11 milhões de euros, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira (1º) pelo prefeito da Secretaria de Economia do Vaticano, o jesuíta espanhol Juan Antonio Guerrero Alves.   

Segundo ele, a Santa Sé registrou arrecadação de 307 milhões de euros no ano passado, mas gastou 318 milhões. Seu patrimônio líquido equivale a cerca de 1,4 bilhão de euros. “A Santa Sé não é uma grande entidade econômica”, afirmou Alves.   

Em 2018, o déficit havia sido de 75 milhões de euros. O balanço inclui apenas os números da Santa Sé (a Cúria Romana), espécie de governo da Igreja Católica, e não de todo o Vaticano, entendido como Estado soberano.   

“Se consolidássemos tudo, não haveria déficit em 2019”, explicou Alves. Os resultados são divulgados separadamente desde 2016.   

Segundo o prefeito da Secretaria de Economia, 54% da arrecadação da Santa Sé é proveniente de seu próprio patrimônio, enquanto as atividades comerciais (visitas às catacumbas do Vaticano, produções vendidas pelo Dicastério da Comunicação e a Livraria Editora Vaticana) e os serviços (taxas de certificados e acadêmicas) respondem por 14% das receitas.   

Já as doações de dioceses e fiéis correspondem a 18% da arrecadação, o equivalente a 55 milhões de euros; os 14% restantes são provenientes de outras entidades vaticanas que não integram o balanço da Santa Sé, como o Instituto para as Obras da Religião (IOR) e a Basílica de São Pedro. (ANSA).   

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