Santa Catarina amanheceu nesta terça-feira, 17, fria e castigada por temporais. A parte mais alta de Urupema, na serra, registrou -0,6°C – a cachoeira do Morro das Torres congelou. Várias casas tiveram os jardins pintados de branco. A geada também atingiu Urubici e São Joaquim, que marcaram 0°C e 3°C, respectivamente. Segundo o Centro Meteorológico do Estado, a temperatura cairá ainda mais na madrugada desta quarta-feira, 18, provocando chuvas e vendavais.

Já as duas cidades atingidas por microexplosões de vento, no domingo, 15, vão receber apoio do governo federal. Enquanto isso, os bombeiros e a Defesa Civil trabalham em ações de socorro e assistência às vítimas nas cidades de Ponta Alta do Norte, no Planalto Serrano, e Porto União, no norte de Santa Catarina.

Colchões, lonas, telhas, cestas básicas e kits de higiene e limpeza foram distribuídos pelo governo do Estado. A promessa é de que casas modulares sejam destinadas às famílias que perderam tudo.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, que sobrevoou os dois municípios afetados, a área afetada em Ponta Alta foi de 26 quilômetros e em Porto União foi de 20 quilômetros.

Mais de 100 residências foram completamente destruídas pelo vendaval, e animais morreram. As pessoas que sofreram essas perdas estão morando provisoriamente na casa de amigos e parentes. Os locais das ruínas ainda estão isolados. Nesta tarde as vítimas devem ser liberadas para procurar restos de objetos e lembranças.

Para esta noite, o alerta da Defesa Civil é para os pescadores. Um ciclone vindo do Rio Grande do Sul vai afetar a costa catarinense. As ondas estão em torno de 3 metros e vão aumentar. A preocupação é oportuna porque Santa Catarina está em plena safra da tainha, época do ano em que a pesca é ativa, ainda mais se fizer o esperado frio que traz os peixes.