Em 20 de agosto estreia “Pssica”, minissérie brasileira original da Netflix dirigida por Fernando Meirelles e Quico Meirelles, que conta com o ator Sandro Guerra no elenco. A trama traz a história de personagens cujas vidas se entrelaçam de maneira inesperada nos rios da Amazônia atlântica.
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Janalice (Domithila Cattete) é uma jovem raptada pelo tráfico humano, Preá (Lucas Galvino) precisa fazer as pazes com seu destino como chefe de uma gangue de criminosos que atuam nos rios da região, enquanto Mariangel (Marleyda Soto) busca vingança pela morte de sua família.
“Amadeu é um homem bom, solitário e de poucos amigos até mesmo na polícia, pois não se rendeu à corrupção dos colegas. Ele vai procurar Janalice, que a princípio pensa que ela apenas fugiu de casa”, conta Sandro Guerra sobre seu personagem, um policial aposentado.
Além dos protagonistas, o ator de 58 anos, sendo 41 anos de carreira, divide cena com Ricardo Theodoro, Luca Dan, Ana Luíza Rios, entre outros. As gravações ocorreram em Belém do Pará e Ilha de Marajó, pelas ruas da cidade, em palafitas, comunidades ribeirinhas e barcos.
“Minha preparação foi feita pela Fátima Toledo, e logo definimos que o Amadeu era um homem solitário, meio casmurro, mas com um grande coração. Um homem sério, defensor e cumpridor da lei, mas que vai às últimas consequências quando sua família está em risco. A equipe era maravilhosa, alto astral, solícita, carinhosa e acolhedora. Quico é um diretor incrível e Fernando Meirelles também já dirigiu filmes sensacionais”, diz Guerra.
Sandro acredita na responsabilidade da minissérie de provocar a discussão e reflexão, e trazer a pauta do tráfico humano para dentro das casas através do streaming. Além disso, ele adianta que a história da Janalice ainda levanta questões como o peso da religião para alguns fiéis e a relação entre pais e filhos.
“Penso que ‘Pssica’ toca uma chaga social muito dolorosa em todos os sentidos e faz uma denúncia. Vender e comercializar um ser humano é algo inimaginável dentro de uma sociedade, mas, ao mesmo tempo, é algo que tá aí fazendo parte do cotidiano de cidades grandes como Belém, por exemplo”, comenta o ator.
Além de “Pssica”, o recifense também integra o elenco do longa “Antônio Odisséia”, de Thales Banzai – em fase de pós-produção. O filme acompanha Tony, um jovem que trabalha em um bar para pagar uma dívida com Sr. Cassio, personagem de Sandro, e grande vilão do filme. Quando conhece Ivy, os dois planejam um assalto ao bar em busca de uma droga alucinógena. Situado em uma metrópole surreal, o filme distópico tem previsão de lançamento para 2026, e conta com Antônio Pitanga, Leci Brandão e Tom Zé no elenco.
“O filme é um grande barato! Psicodélico, poético, antropofágico! É um filme que tem a cara de festivais. Uma galera fazendo cinema de guerrilha, cinema independente, com baixo orçamento, mas com muita vontade! Eu faço o vilão. Um cara desses, do tipo que mata sorrindo, mas um discreto sorriso cheio de prazer e saciedade. Fazer vilão é muito bom, porque acaba sendo divertido. Toda aquela perversidade, transgressão, aquele flerte com tudo de mais obscuro e doentio que o ser humano carrega em si. É muito bom!”, complementa.
Recentemente, o ator terminou as filmagens do longa “Geni e o Zepelim” de Anna Muylaerte, baseado na canção de Chico Buarque e no conto “Bola de Sebo”, no elenco com Ayla Gabriela e Seu Jorge, Sandro dá vida ao pai de Geni.
Sandro Guerra coleciona uma extensa bagagem, destacando os longas “Cinema, Aspirinas e Urubus”, de Marcelo Gomes, e “Propriedade”, de Daniel Bandeira. Além disso, ele fala mais de dois trabalhos importantes no audiovisual, as séries “Chão de Estrelas”, spin-off do longa “Tatuagem” disponível no Globoplay, e “Cangaço Novo”, de Aly Muritiba e Fabinho Mendonça, disponível no Prime Video.
“Chão de estrelas” é uma produção de Hilton Lacerda, uma espécie de spin-off de “Tatuagem”, dele. Nela fiz meu primeiro vilão, o Pastor Guerra – que inclusive tem esse nome porque é o meu nome. Hilton adora fazer essas brincadeiras com a gente. Em “Cangaço Novo” vivi Ribamar e foi incrível! Um personagem difícil de fazer porque apesar de ser um personagem episódico – o episódio é dele –, eram poucas falas, era um trabalho muito focado nos olhos do personagem e na partitura corporal. Ribamar foi um presente”, completa o ator.
“Pssica” fica disponível na íntegra na Netflix em 20 de agosto.
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