A jornalista Sandra Annenberg, em entrevista ao podcast “Sem Nome Pode”, apresentado pela atriz Klara Castanho, contou que o meme “que deselegante” surgiu como uma saída para ela não falar uma palavrão ao vivo na Globo. Na época, a jornalista Monalisa Perrone estava atualizando uma notícia ao vivo, no “Jornal Hoje”, e foi agredida por um homem.

“Era a primeira sessão de quimioterapia do ex-presidente Lula na época, a gente estava no “Jornal Hoje” ao vivo para dizer que o ex-presidente tinha dado entrada, que ia fazer a primeira sessão e tal. E aí nós chamamos ao vivo a repórter e na hora que ela entrou e falou ‘estamos aqui ao vivo no hospital para acompanhar’ veio um cara por trás e empurrou ela, e ela muito pequeninha, magrinha, voou, na hora que aquilo aconteceu tiraram do ar, volta para o estúdio, tipo, ‘se vira, é com você'”, iniciou.

Em sequência, ela explicou que não sabia como reagir e que apenas palavrões vieram a sua cabeça, mas que não poderiam ser reproduzidos ao vivo no telejornal.

“E aí eu fiquei olhando aquela situação, e eu fiquei pensando o que dizer, tudo que vinha a minha cabeça só eram palavrões, tudo que eu pensava não dava para ser dito ao vivo, hora do almoço, [pensei] ‘não posso ser deselegante com o telespectador’, [saiu o] ‘que deselegante’. Foi uma coisa que saiu daquele jeito, sem nenhuma intenção de nada, só para eu sair daquela situação constrangedora que não sabia o que dizer”, revelou.

Assista ao episódio completo.